Um Por Um: Drik Barbosa por Liège

O som que queremos ouvir por mais uma década: Ao longo do mês de novembro, o Música Pavê comemora seus dez anos no ar através de uma série especial com artistas que temos acompanhado de perto comentando outros que também amamos. Dessa forma, uma grande playlist vai sendo montada com os sons que apontam para o futuro sendo adicionados um por um.

Uma é Liège

A cantora e compositora paraense inspira o agora e expira uma música refinada e sempre contemporânea. Seus olhos atentos para o pop e o r&b do Brasil e de fora nunca ignoram suas raízes na Amazônia, o que faz com que ela entregue sempre um som com bastante personalidade.

No Música Pavê: “Eu vim daquela safra de músicos que [dizia que] era feio ser popular, que você é ‘vendida’ se fizer um comercial para uma marca que patrocinaria um videoclipe. E eu vi que aquilo estava me prendendo, eu já estava compondo sempre em uma mesma linha, uma mesma métrica. Isso estava me brecando criativamente” (Entrevista, 2020)

A Outra é Drik Barbosa

Rapper e cantora na mesma medida, Drik desponta na cena paulistana com a pluralidade presente em sua obra. Dos versos nervosos ao canto emocionado, passando por grandes parcerias, a artista é a cara de uma música brasileira popular, colorida e pulsante que deve crescer ainda mais nos próximos anos.

No Música Pavê: “Com músicas para dançar, mensagens sociais que precisam ser repetidas e muita emoção nas entrelinhas, o show Espelho traça um ótimo panorama de quem é Drik Barbosa – um talento capaz de nos dar hits como Melanina Inconsequente, duas das faixas mais celebradas da noite. Como mulher, como preta e como um grande talento, é um retrato de um Brasil cuja voz, calada por tanto tempo, faz por merecer estar em todos os ouvidos” (Resenha de show, 2018)

Drik Barbosa por Liège

O que Drik Barbosa tem de melhor?

A verdade. Eu me conecto com pessoas que tem transparência, uma história real pra contar e contam com brilho no olho, sabe?! Em cada música, a Drik conta a história e a perspectiva dela e com isso a gente consegue se conectar de forma real e humana possível. 

O que o trabalho dela te lembra?

O trabalho da Drik é rap, mas também é pop e r&b e isso me leva pros meus 14 anos quando comecei a ouvir mais r&b e pop e amar esse universo. Ela tá cada vez melhor nesses gêneros e buscando a própria identidade dela nesse contexto. É algo que eu mesma almejo e trabalho: Fazer parte desses gêneros, mas com a minha marca e cultivar essa cultura essa memória nas pessoas sob novas perspectivas.

O que os trabalhos de vocês duas têm em comum?

A contação da nossa própria história. Acho que cada vez mais mulheres estão retomando sua história, se reconectando com sua ancestralidade, com suas vivências de forma cada vez mais consciente e isso reflete no trabalho diretamente, incentiva, acolhe, inspira.

Como seria uma parceria entre vocês?

Essa parceria seria um grande presente e uma grande troca entre mulheres de eixos tão distantes do Brasil que em muitos aspectos se encontram. Falaríamos dessas perspectivas e de como elas nos atravessam e como juntas a gente pode potencializar nossa história e a história de outras mulheres também.

Curta mais da série especial Um Por Um no Música Pavê

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Feito para quem não se contenta apenas em ouvir a música, mas quer também vê-la, aqui você vai encontrar análises sem preconceitos e com olhar crítico sobre o relacionamento das artes visuais com o mercado fonográfico. Aprenda, informe-se e, principalmente, divirta-se – é pra isso que o Música Pavê existe.