O conceito de videoclipe ilustar uma canção toma proporções surrealistas nas mãos do diretor Chris Milk em Who’s Gonna Save My Soul.
A câmera na mão e o primeiro plano em primeira pessoa trazem o naturalismo para o acontecimento inesperado em uma situação já clichê, resultando em um honesto retrato do drama obsessivo de quem sabe o que enfrentará após perder um grande amor, exatamente o que a letra expõe. No início, a música e o diálogo disputam espaço e a canção prevalece até o fim do refrão, quando as falas invadem novamente o primeiro plano do áudio.
A segunda metade ganha outro protagonista, não apenas na metáfora para a sinceridade das palavras, mas como se a música fosse o único recurso possível para expressar o que a garota não ouviria se apenas dito. Vale a pena ressaltar que é provável que a única razão para o coração em CGI estar no vídeo seja completamente comercial, e não criativa, já que a narrativa possuía até então força suficiente para continuar como estava antes.
Ainda assim, Who’s Gonna Save My Soul é um dos retratos mais sinceros de uma obsessão amorosa já vistos no showbiz. Provavelmente, aproveita melhor o vídeo quem já está familiarizado com a música (e a letra), que tem seu clímax no verso “Still my hunger turns to greed, ’cause what about what I need?” (“Ainda assim, minha fome se torna avareza, por que como fica o que eu preciso?” – em tradução livre).
Já tinha visto esse filme,mas agora revendo-o,faz com que eu pense e repense na forma com que as ocisas são ditas ou vistas.Saiu sim completamente do clichê e por isso,pela situação clichê, se tornou pra mim uma bela forma de retratar o sofrimento.
Na aula de anatomia lembrei desse clipe e tipos,tive vontade de chorar,no duro.
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