Música PavêCreators Project cresceu ainda mais em sua edição 2011
O Creators Project foi criado pela Intel com parceria com a Vice e engloba profissionais de criação de diversas áreas, desde músicos até pessoas que trabalham com mapeamento digital, por exemplo. Sua edição do ano passado contou com algumas instalações de Muti Randolph (que fez o projeto de iluminação da D-Edge, em São Paulo, e que faz todo mês uma fachada diferente para loja da Melissa na Oscar Freire) e Radical Friends além de um pocket show de Mark Ronson. Tudo isso aconteceu na pequena galeria Baró/Emma Thomas em São Paulo.
Este ano, tudo ficou maior. O espaço utilizado é o prédio da Bienal no Parque do Ibirapuera, as obras são maiores e os convidados são bandas cada vez mais importantes no cenário musical internacional. Com uma programação louca (que mudou, no meio de duas semanas e até a hora em que o Creators foi aberto, umas três vezes) os shows de abertura contaram com a batida dupla paulista Database (os mais novos criadores do grupo) e a banda Chairlift, mas infelizmente não com o Atlas Sound, que não pode comparecer ao evento por motivos médicos (e fez falta).
Devo admitir que o projeto é realmente bom, obras incríveis estão expostas lá, e com o auxílio da tecnologia tudo fica ainda mais incrível, mas o espaço grandioso não foi bem utilizado pelo único motivo de que o Creators Brasil conta com poucas obras. Durante os shows, uma enorme tela mostrava diferentes imagens atrás do palco, o que fez tudo ficar mais tecnológico e impressionante, mas percebi que o que era exibido não parecia variar de acordo com a música. A acústica do prédio, infelizmente, prejudicou as apresentações. Enquanto o Database estava tocando, dava pra notar que algo estava errado, mas foi só quando o Chairlift subiu no palco que o desastre foi realmente percebido. A banda é muito boa e a vocalista, que mais parece uma modelo, canta com um furor e uma espontaneidade entusiasmante. Poderia ter sido um show memorável, mas não foi, pois não dava para ouvir o que ela cantava. E a medida que o tempo ia passando, as pessoas iam saindo do palco e se dirigindo a outros lugares da bienal, e o Chairlift viu um final de show vazio.
Temos ainda dois dias do Creators Project pela frente, fechando tudo domingo com o lançamento do CD novo do Emicida, mas se tudo depender da acústica da Bienal, o domingo não vai vingar. Já as obras valem a pena serem vistas, uma mais interessante que a outra, merecendo ser apreciadas durante alguns bons minutos.
Saiba mais no site oficial do projeto.
tem certeza que vc estava no mesmo evento que eu?
achei o show do chairlift incrível e o som estava ótimo.
que pena que vc não aproveitou da mesma forma que eu.
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