Música PavêSinta o Pulso: Phoenix – Lisztomania
Não deu nem tempo de influenciar-me por outras músicas de Phoenix. Repeti Lisztomania somente. Encantada pela mistura cardíaco-pop, quis sair correndo para realizar algo de útil na vida a cada vez que a musica iniciava. A versão acústica traz no detalhe um encontro íntimo com o vocal. No video abaixo, o close inesperado que se dá em Thomas Mars surpreendeu-me com imperfeições viciantes e atribuiu um rosto à voz que tanto escutei. Um francês magro, barba rala, ali pertinho de um microfone de radio, deixando expandir sua voz num espaço antes virgem de música. Um sotaque bonito, com ênfase à fonemas pouco utilizados pela língua. RomanTIC noT disGusting yeT: dentes desalinhados deram à luz a percussão que não estava presente, na falta da bateria. Voz sem vibrato, suficiente.
A versão original, não menos especial, produz a sensação de início de filme ou livro, em que se colocam as idéias à mesa e alguém importante na trama começa a narrar. Acelera o coração. Talvez propositalmente seja isso que fez do estilo um chamado cardíaco-pop. Sem me esquecer, é claro, do Iluminismo francês, um de meus mais antigos amores. Fez-me amar a banda logo de cara. A luz que batiza esta escola de pensamento clareia tudo e até hoje me chama para viver com ela.
Para mais imperfeições viciantes, transporte-se para Paris por alguns minutos (4´20″, mais precisamente). Sem trabalho ou problemas, na praça com Torre Eiffel
Amo Phoenix! Não acreditei quando ouvi acústico pela primeira vez, já que o que eu mais curtia era justamente toda a produção dos caras, mas é mesmo surpreendente.
Lisztomania é tipo assim a melhor música do mundo. 1901 e Armistice também são ótimas. Aliás o CD inteiro é ótimo.
E é interessante que o Thomas Mars tem pitch perfeito durante a versão acústica toda. Igualzinho a de studio, o cara é realmente talentoso e bom.
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