¡Que guapo! En vivo: Maika Makovski
Barcelona, 9 de março de 2011. 22h. Nota: 8.
Fazia tempo que não assistia a uma apresentação ao vivo em pequeno formato com tanta qualidade. O espaço The Pinker Lounge (organizado pelo grupo barcelonês The Pinker Tones), dentro do hotel Omm, situado em uma área nobre da cidade, recebeu ontem Maika Makovski, maiorquina que já viveu em Barcelona, agora está em Nova York e costuma ser apontada como a nova PJ Harvey.
A comparação com PJ começa a fazer sentido quando observamos o fato de o produtor do último disco de Makovski (Maika Makovski) ser John Parish, que já produziu Harvey e teve importante papel na carreira da inglesa.
Makovski canta em inglês, toca violão e teclado e para a alegria de muitos não segue o padrão de vozes femininas doces e aveludadas. Os tons das canções são destacadamente heterogêneos, sempre muito bem organizados para dar suporte à voz visceral e o efeito deste complexo equilíbrio são músicas penetrantes, que não somente te seduzem como te hipnotizam.
A platéia mal piscava, estávamos todos imersos na profusão de sons agradáveis. Neste momento, uma amiga comenta: “Ela é muito boa, mas tenho a sensação de que já ouvi algo semelhante”. Comecei a prestar ainda mais atenção; Makovski cantou Lava Love, The Deadly Potion of Passion, Game Od Doses, o hit Ruled by Mars, entre outras.
Tentei pensar em artistas aos quais ela poderia se parecer. A PJ, não há dúvidas, ambas “beberam da mesma água”. Também diria que Makovski tem algo de Alanis Morissette, como a presença de palco ao mesmo tempo tranqüila e expressiva. Mas as possíveis comparações terminam aqui. Sugiro que a maiorquina precisa se soltar mais, se preocupar um pouco menos em oferecer um produto perfeito, o suficiente para liberar sua arte crua, o toque de personalidade que falta.
De qualquer forma, se você gosta de música e, principalmente, de boa música, não deixe de ao menos fazer uma degustação do último álbum homônimo de Maika Makovski. Ainda vamos ouvir falar muito dela.