Music Video Festival 2015: O Que Aprendemos

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Eu sempre amei videoclipes. Era uma das únicas no meu grupo de amigos que chegava da escola, colocava na MTV e ficava só curtindo os vídeos que passavam no canal. A relação entre o artista e a imagem foi algo que sempre me interessou. Gostava de assistir aos clipes e tentar entender o porquê do musico ter escolhido fazer o vídeo que fez. Curtia analisar e entender o que passava pela cabeça do artista e tentar comparar o resultado final com o que eu imaginava enquanto ouvia a musica.

Na terceira edição do Music Video Festival, durante os vários debates que pudemos assistir, foi interessante conseguir entender um pouco melhor exatamente essa relação entre o musico e o videoclipe. Durante a conversa com Pitty e Ricardo Spencer, suas respostas mostraram o quanto o artista às vezes quer se expressar pela música, mas também pela imagem, como o videoclipe ajuda o artista a completar o seu álbum e seu processo de criação. Em muitas ocasiões, o clipe complementa a música e vice -versa.

Algo que marcou muito durante o evento foi a importância da amizade. Thiago Pethit levou sua “crew” inteira para participar de seu talk, Pitty e Spencer mostraram a sintonia que existe na sua amizade e Daniel Askill ressaltou a importância de ter pessoas talentosas e amigas ajudando durante o processo de criação. O que conseguimos enxergar e concluir nessas três situações é que uma equipe em sintonia e pronta para trabalhar é o que torna o projeto perfeito.

Não existe como, especialmente nos dias de hoje, criar um videoclipe sem ajuda do próximo. As gravadoras estão cada vez com menos dinheiro e os artistas estão tendo que fazer com as próprias mãos (e contatos) a sua arte. Foi incrível ouvir histórias de cada pessoa e perceber o quanto cada um admirava as pessoas com quem trabalhavam. Com uma equipe que está na mesma página e com a mente aberta para aprender um com o outro, não existe como sair algo negativo.

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apollo, por carolina vianna

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mahmundi, por carolina vianna

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thiago pethit, por carolina vianna

 

Fora isso, o festival possibilitou uma verdadeira imersão na música contemporânea, com a exposição da cantora Sia e a experiência íntima e passional de realidade virtual com Björk e o videoclipe Stonemilker em 360º, além dos diversos shows que aconteceram na área externa do MIS.

Nos dois dias, os videoclipes da competição foram exibidos no telão, o que também permite ao espectador experimentar essas obras em uma nova dimensão – algo que mesmo quem não é fã assíduo dessa linguagem poderia desfrutar -, alguns em primeira mão, como os novos de Emicida, Barbara Ohana e Jaloo.

E tudo isso aconteceu com entrada gratuita, mostrando que o evento, além de rico em conteúdo, é de completa acessibilidade a qualquer um interessado por um fim de semana rodeado de música e clipes. Ou seja, o sonho de todos que cresceram chegando da escola para ver MTV o dia inteiro.

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