Dicas de Discos do Mês: Janeiro/2020

Em um mês, uma grande quantidade de trabalhos musicais chegam ao mundo. Apesar de todo empenho da equipe do Música Pavê, nunca é possível contemplar tudo. A fim de chamar atenção para a impossibilidade de abraçar o mundo da música, começa aqui a seção Dicas de Discos do Mês, com álbuns que não deu tempo de comentar no momento exato de seu lançamento.

Mês a mês, os pavezeiros indicarão obras que não podem ficar de fora dos seus dias. Se deparar com um trabalho musical que mexe com você é muito prazeroso, então fica o incentivo de experimentar esses sons e ir além, se atentando às recomendações de outros veículos e até mesmo às sugestões de algoritmos. Nunca se sabe de onde pode surgir seu próximo disco favorito.

Eis as dicas de janeiro de 2020.

of Montreal – UR FUN

Kevin Barnes trilha entre a psicodelia delirante e o pop dançante há mais de duas décadas como o camaleônico of Montreal, e o novo álbum, UR FUN, é justamente o que anuncia: uma ode a melodias chiclete que são destituídas de pretensão. Faixas como Peace to All Freaks e You’ve Had Me Everywhere são exemplos de uma lírica doce e irônica, ácida e delicada que faz de of Montreal um projeto raramente enfadonho de se acompanhar. E, assim como Kevin Barnes não é de Montreal, seu novo disco é mais que meramente sintetizadores. (Nathália Pandeló)

Kiko Dinucci – Rastilho

Kiko Dinucci, nome de forte expressão dentro da música paulista, coloca em evidência o violão e o canto pastoril em Rastilho, seu segundo disco solo. Da capa às composições, todo o álbum coloca em cheque a urgência dos dias, denuncia a degradação de tudo que é orgânico. Não há conforto ou momentos de calmaria. Kiko insiste, faixa a faixa, no incômodo, no que revira o estômago. Com participação de Ava Rocha, Juçara Marçal e do rapper Ogi, Rastilho sublinha o encontro entre o samba, os cantos do candomblé e rock ao se valer de um violão percussivo, como sugere o próprio Kiko. (Letícia Miranda)

Bombay Bicycle Club – Everything Has Gone Wrong

Serei franco: É sim um disco para quem estava com saudades da banda britânica, que não lançava nada desde 2014. Como esperado, é um Bombay Bicycle Club mais maduro, com faixas sem pressa, um bom uso dos elementos que sempre curtimos em suas músicas e um bom senso de “tamanho” do seu som – sem uma grandiosidade juvenil nem um falso senso de modéstia nas faixas mais simples. É também um disco de detalhes charmosos, do fade em Good Day aos timbres refinados de Racing Stripes, no clima certo para te acompanhar no dia a dia. (André Felipe de Medeiros)

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