Passado a Limpo: João Gilberto

Ninguém receberia o título de “Pai da Bossa Nova” se não tivesse feito tanto por ela. João Gilberto pegou o gênero para criar e educou o mundo inteiro nos acordes, harmonias e ritmos que marcaram o Brasil do meio do século 20 e que seguem influenciando do jazz ao pop ao redor do globo.
Seu repertório é marcado por parcerias, como com o saxofonista estadunidense Stan Getz e também com sua primeira esposa, Astrud Gilberto. Não há um clássico da bossa nova que não tenha recebido sua voz e seu violão, como as composições de Vinicius e Jobim – aliás, nem todo brasileiro parece saber que ele foi o primeiro a gravar Águas de Março, um ano antes do clássico fonograma de Elis e Tom.
João é também o responsável por influenciar a geração de Caetano e Gil, dois nomes que ele gravou posteriormente, foi mentor da banda Novos Baianos e trouxe um novo frescor para a obra de Caymmi. Pai de Bebel, ele assinou poucas composições, mas eternizou algumas das mais belas canções de um legado que nós, brasileiros, podemos chamar de nosso.
Mergulhar na obra de João Gilberto é encontrar versos e melodias familiares e compreender, sem ter nenhuma dúvida, por que o mundo inteiro se curvou à bossa nova – e também ao seu pai.
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