Papo em Dia: Thalles

Aqueles nomes que já apareceram pelo Música Pavê em algum momento no passado e deixaram saudades retornam para colocar o Papo em Dia com quatro perguntinhas.

Thalles

 O que aconteceu desde a última vez que nos falamos?

“Uau, tanta coisa! Uma pandemia aconteceu, inclusive. E isso embaralhou e realinhou tudo que veio depois. Parece algo ao mesmo tempo tão recente e tão distante, que ainda é estranho tentar mensurar o impacto que isso teve sobre nós. Sobre mim, especialmente. E, claro, sobre meu trabalho artístico.

Sinto que minha relação com o mundo se transformou profundamente, principalmente com as relações e os encontros. Passei a me dedicar e dar muito mais valor a cada um deles. Hoje em dia, qualquer oportunidade de ver um show no meio de uma multidão, eu digo sim sem nem pensar (risos). Assistir a um show de música – e de teatro! – é uma das coisas que mais amo nessa vida. E compartilhar isso com outras pessoas, testemunhar algo juntos, é muito poderoso.

Esse novo olhar acabou refletindo diretamente nas minhas músicas. Esses encontros me fizeram crescer, me conhecer melhor e aprender mais sobre mim. E toda essa transformação inevitavelmente vira música”

O que mudou e o que não mudou na maneira como você faz música nesse período?

“Nesses anos, fui me aproximando cada vez mais da composição em português. Desde o começo da minha carreira, sempre rolou esse questionamento sobre o idioma das letras. O desejo de escrever em português sempre existiu, mas sentia uma dificuldade em traduzir meu universo e minha estética para o idioma. Era como se algo se perdesse no caminho. Mas, aos poucos, comecei a experimentar mais, colocar no papel e fui entendendo como manter minha essência também em português.

Escrevi muita coisa nesse processo. O próximo álbum será bilíngue, com mais da metade das faixas em português. Sinto que isso vai me aproximar ainda mais do meu público. Tem músicas desse álbum nas quais me sinto absolutamente vulnerável cantando, é aterrorizante e maravilhoso ao mesmo tempo (risos). É como se não tivesse muito pra onde fugir. E gosto disso. Acho que, inevitavelmente, isso muda completamente a maneira como eu me relaciono com a minha música”

Quais são suas novidades?

Greater and Stronger Than ‘I Love You’ é meu primeiro single depois de quatro anos de hiato, com produção de Matheus Brasil (Selvagens à Procura de Lei). Meu último lançamento autoral foi Angustifolia, produzida por Lucas Silveira (Fresno), que me levou a experimentar uma nova sonoridade. Com Greater and Stronger, mergulho ainda mais no pop, ampliando o caminho que comecei a trilhar com Angustifolia e apontando para onde quero levar T2, meu próximo álbum.

Esse novo single faz essa transição, ainda em inglês, mas já flertando com uma linguagem mais pop. E o próximo single segue nessa mesma direção sonora, mas em português. Aos poucos, as peças vão se encaixando e os fãs vão compreendendo melhor o universo desse novo álbum”

Quais outros artistas/bandas você tem escutado?

“Tenho ouvido bastante Sombr, Olivia Dean, The Favors (esse projeto novo do Finneas com a Ashe), Lola Young e Sebastian Schub, que descobri recentemente e não sai mais dos meus fones de ouvido”

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