SANDRO Abre Seus Processos Criativos em EP de “Quarentena”
O título é bastante autoexplicativo: Músicas Que Nunca Seriam Lançadas Não Fosse a Quarentena é o novo EP do músico SANDRO, que reuniu treze sobras de estúdio para abrir um pouco do seu processo criativo com o público.
A ideia era mostrar uma versão “mais íntima e crua” de seu trabalho, como ele explicou ao Música Pavê por telefone: “Eu, como fã de música, se qualquer artista que eu sigo lançasse isso, me interessaria por poder olhar de forma mais crua como suas composições nascem”.
Dessa forma, quem conhece sua obra ganha a oportunidade de acompanhar um pouco de como suas músicas nasceram, da composição até o produto final masterizado, ao comparar as versões do EP com aquelas já lançadas. O que esse disco mais oferece é, como ele explica, “uma imagem de como as ideias se desenvolveram para serem músicas fora do meu celular”.
“Eu queria preservar aquilo que elas tinham em suas mixagens originais”, comenta SANDRO, “as qualidades de som são discrepantes, então as pessoas vão facilmente entender que elas estão em estágios diferentes”. Ele conta também que esse lançamento, ainda que encorajado pela quarentena, é algo que ele queria fazer já há muito tempo: “Essas faixas são a raiz de tudo o que fiz desde que cheguei em São Paulo para trabalhar com música. Vou sempre me orgulhar delas”.
Ainda sobre a quarentena, SANDRO diz estar em “um momento de reflexão para saber o que fazer e o que não fazer”. “No começo, estava muito ativo, compus umas músicas com amigos e finalizei umas mixagens para outros artistas, mas é legal também dar um tempo”, conta ele, “estou angustiado com esse momento, a gente está passando por muitos altos e baixos, não tem como não ficar refletindo”.
E ele, que sempre tem vários outros artistas consigo em tudo o que faz (como Tuyo e Keops e Raony em lançamentos recentes), diz seguir firme com parcerias nesta época. “A gente faz tudo por videochamadas”, conta o artista, “tenho uma música com Sebastianismos, outra com Tagore. A gente está bem conectado, o isolamento é só físico”.
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