Melim quer fazer música “que inclua o maior número de pessoas”
“A gente quer sempre andar no pop, mas sem sair da MPB e das suas harmonias, com os acordes em sétima”, contou Rodrigo Melim ao Música Pavê por telefone, “assim, a coisa fica menos monótona”. Na ocasião, ele e seus dois irmãos, que formam a banda Melim, conversavam com a imprensa sobre seu mais recente clipe e single, Gelo.
É fácil notar na faixa a união de um pop brasileiro de influências que vão de uma levada de música interiorana a referências que vêm de fora, de uma pegada contemporânea e eletrônica no pop, passando até mesmo inspiração no reggae. “Quisemos deixar os beats mais altos em Gelo, ela ficou mais gringa”, comenta ele, “ela tem diversos climas. E é a primeira música que nós três dividimos os vocais principais”.
“A gente não consegue se rotular por uma coisa só”, explica Rodrigo, “não é só reggae, só MPB ou só pop. Você fala que tem uma banda pop, a pessoa vai ter uma leitura completamente diferente desse som. A gente é mesmo muito versátil. O que une todas as pontas é falar de amor sob uma ótica positiva”.
Essa perspectiva é trazida mesmo para Gelo, canção que aborda o tão contemporâneo ghosting nas relações. “A música trata de uma pessoa que deu gelo na outra, mas ela fala o tempo todo do que foi bom, do que foi positivo”, conta ele, “as pessoas não ouvem ao pé da letra cada coisa da música. Você é impactado pela energia, pelas coisas boas. O clipe é na neve, mas é solar”.
Rodrigo conta que queria que toda música do disco (Melim, 2018) tivesse um vídeo. A saída foi fazer o DVD ao vivo, lançado no início deste ano, que revela como o trio trabalha seu conceito em cima do palco. “Em nosso show, você encontra famílias, adolescentes, pessoas mais velhas, todo mundo cantando”, comenta ele.
“Como o nosso propósito na música é fazer diferença na vida das pessoas, levar positividade e amor, a gente se preocupa em compor uma canção que inclua o maior número de pessoas possível, a gente não vai falar que alguma é só pra homens ou pra mulheres, pra gente nova ou velha. A gente quer que muitas pessoas se identifiquem, isso é o mais importante”.
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