Entrevista: The Maine

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 (foto de Willian Alves)

Os fãs de The Maine estão preparados? Depois de esperar um longo ano, a banda finalmente está de volta em solos brasileiros. Os cinco chegaram na madrugada de ontem no Rio de Janeiro e farão um show por lá hoje (31).

Estamos animados para ver o que está por vir nestas apresentações. Seu último álbum lançado, American Candy, teve ótimas criticas pelo mundo musical e a banda promete muitas surpresas durante as performances. A turnê é dedicada ao novo disco, que ajudou trazer novos ouvintes para banda, mas também satisfez grande maioria dos fãs. Com uma mistura do som antigo com algo mais rock e novo, a banda surpreendeu a todos. Os shows irão rolar nos dias 31 de Julho no Rio de Janeiro, dias 1 e 2 em São Paulo, dia 4 em Porto Alegre e 5 em Curitiba, e temos certeza que eles irão transmitir a mesma energia que o álbum proporcionou.

No ano passado, tivemos o privilegio de conversar com vocalista da banda, mas neste ano foi diferente: Tivemos a grande oportunidade de falar com o guitarrista Kennedy Brock. Conversamos sobre seus planos futuros, o novo videoclipe, a relação da banda com seus fãs e até resposta em português tivemos!

Música Pavê: Vocês recentemente anunciaram uma turnê com ingressos gratuitos. Ao meu ver, não é algo que vemos bandas fazendo. É mesmo um presente para os fãs e uma ótima maneira de atrair novos ouvintes. Como essa ideia surgiu? Seria algo que vocês sonham em fazer desde o começo da banda?

Kennedy Brock:  Sim, com certeza! Tem sido um sonho nosso a muito tempo. Era algo que iria acabar acontecendo alguma hora. Nós amamos retribuir nossos fãs e não conseguíamos ver um jeito mais legal de fazer isso.

MP: American Candy foi lançado este ano e recebeu ótimas criticas. Deve ser muito bom ver o seu trabalho reconhecido. O novo álbum é um grande exemplo de que uma banda consegue fazer música de qualidade sem o controle constante de uma gravadora. A reação do público para American Candy era o que vocês esperavam e queriam?

Kennedy: A reação do público passou, de longe, qualquer expectativa que tinha. É incrível ver as pessoas reagindo como elas têm reagido. Não me canso de ver! Mas não teríamos conseguido fazer nada disso sem o enorme suporte que recebemos todos os dias.

MP: Enquanto gravavam o novo álbum, existia alguma preocupação específica com o som? Vocês estavam pensando no que os fãs pensariam ou foi algo que não ficou constantemente em suas mentes?

Kennedy: Nós queríamos fazer um álbum divertido. Acho que nós deixamos todo o resto ser esquecido. Todo álbum que fazemos, tentamos registrar como nós estamos nos sentindo naquele momento. Estamos nos sentindo novinhos em folha, rejuvenescidos, e as canções também. Creio que, ao longo do caminho, nós sabíamos que algumas pessoas poderiam apoiar esse sentimento e esperávamos o melhor.

MP:  Am I Pretty e My Hair são duas músicas que falam sobre assuntos bem parecidos – a primeira sendo uma canção sobre aceitação, sobre a vontade de receber certa atenção das pessoas e ficar questionando se sua aparência irá ajudar você a encontrar amor. No fim, a música conclui que é melhor você viver a vida amando suas imperfeições. My Hair se encaixa nessa mensagem – fala sobre amar a si mesmo e não dar ouvidos as opiniões sobre sua vida e suas escolhas. Música é algo muito poderoso. Ela ajuda pessoas a aceitaram a si mesma e pode ajudar a mostrar as falhas no modo em como a nossa sociedade pensa, incluindo a nossa visão no padrão de beleza. Vocês pensam nisso enquanto escrevem, em como uma música pode influenciar e ajudar uma pessoa que você nunca nem conheceu?

Kennedy:  A música participa de grande parte da vida de muitas pessoas. Com certeza pensamos nisso. É difícil entender como nós afetamos as vidas de outros. Nós tentamos criar canções significativas e deixar o resto acontecer da maneira que deve.

MP: O clipe para a música English Girls parece ser inspirado nos filmes Efeito Borboleta e Feitiço do Tempo. Quem surgiu com essa ideia?

Kennedy:  Foi uma colaboração com o diretor Daniel Gomez. Nós confiamos na visão dele para nossas músicas e sempre tentamos conversar com ele quando o assunto é videoclipes.

MP: Quando vocês estão juntos, gravando suas músicas e escrevendo as canções, vocês já começam a planejar os vídeos? Já ouvi artistas comentarem quem enquanto escrevem, as ideias para videoclipes simplesmente aparecem em suas mentes, e que essa ideia completa muitas vezes a experiência da música. Vocês também sentem dessa maneira? Ou é algo que vocês planejam só depois de terem gravado tudo?

Kennedy:  Varia de música para música. Às vezes, temos uma ideia clara que acompanha a canção. Em outras ocasiões, a historia visual é somente isso.

MP: Quais são seus próximos planos? Podemos esperar mais clipes?

Kennedy: Sim! Sempre! Neste ano, nós queremos tocar o máximo de shows que conseguirmos, mas, como sempre, estamos planejando coisas especiais por trás das cortinas. Vamos anunciar em breve! Então, fiquem espertos.

MP: Estão prontos para o Brasil? Para o que você esta mais animado?

Kennedy: (em itálico, a resposta em português) Eu estou animado muito. Eu amo português e eu sei muitos palavras, mas quando conversar eu não lembro. Eu estou animado em finalmente poder tentar usar o português que aprendi. É lógico que também estou animado em tocar e curtir com vocês!

MP:  Como você se sente sabendo que pessoas do mundo todo amam e apoiam vocês?

Kennedy:  É um sentimento incrível que tento nunca esquecer. É um sentimento inacreditável, algo que faz com que nós queiramos sempre retribuir os fãs. Nós temos muito amor, respeito e apoio a todos aqueles que se importam conosco.

MP: Mais alguma coisa que queira falar aos fãs brasileiros?

Kennedy: (em português) Muito obrigado por todo! Eu te amo!

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