Coletânea: Coldplay

São muitos os fatores que levam o Coldplay a ser citado frequentemente como uma das maiores bandas em atividade. Poucos são os grupos ou artistas com tanta amplitude de público, um número tão grande de hits com apelo universal e apresentações ao vivo tão memoráveis – ao ponto de não ser incomum alguém citar um show deles como uma das grandes experiências musicais já vividas. O quarteto inglês foi uma das bandas que marcaram a década passada e enquanto seu quinto álbum não sai, o sucessor do tão falado Viva La Vida or Death and All His Friends, vamos passear um pouco sobre a carreira deles nos videoclipes, tão variados quanto seu som.

Violet Hill (2008) – Foi nosso primeiro contato com o quarto e último disco, após muita ansiedade. Dirigido por Asa Mader e gravado na Itália, o vídeo aposta no carisma da banda (principalmente do vocalista Chris Martin) em um clima meio “à moda antiga”, com uso de brincadeiras visuais de edição e se preocupando mais em dar uma cara para a música em seu clima ambíguo de rock dramático e balada pop.

Trouble (2000) – O terceiro single do primeiro disco – o melancólico Parachutes – foi lançado acompanhando a exposição que a banda já tinha com as músicas Shiver e Yellow. Foram criadas duas versões do clipe, uma lançada na Europa e dirigida por Sophie Muller, que mostra Chris amarrado em uma cadeira em um ambiente escuro, e a versão americana feita com animação e um visual bem bonito em cores com pouca saturação. Curiosamente, no Brasil foi lançada a versão européia. Você pode ver as duas abaixo:

Versão Européia:

Versão Americana:

The Scientist (2002) – Esse é o tipo de música que se venderia sozinha. Linda melodia, linda letra, excelente interpretação da banda. Ainda assim, os fãs foram presenteados com um dos videoclipes mais marcantes daquele ano, desses que ficam na memória para sempre. Se você já viu, sabe o que eu estou falando e vai curtir revê-lo. Se esta for sua primeira vez, vale a pena parar tudo o que está fazendo só pra assistir.

Speed of Sound (2005) – O álbum X&Y foi o primeiro lançado após a explosão que a banda teve com seu segundo CD e os hits The ScientistClocks, a qual Speed of Sound sofreu muitas comparações ao nos apresentar o novo disco. Infelizmente, isso fez com que a música e seu lindo clipe, cheio de luzes e cores, fossem pouco aproveitados pelos fãs. Uma pena.

Viva La Vida (2008) – Essa é uma das músicas de carreira mais ambígua da história da banda. Por um lado, muitos fãs a consideraram “mais do mesmo” e a colocaram na mesma gaveta que Speed of Sound. Ao mesmo tempo, a canção ganhou status de hino pelo grande público e é tocada, ainda hoje, à exaustão em eventos e trilhas-sonoras. O clipe inspira-se no romantismo do pintor Delacroix, assim como a arte do álbum que leva o nome da música, o que confere um ar de grandiosidade ainda maior à obra.

The Hardest Part (2006) – Estranho. É difícil qualificar esse clipe sem usar essa palavra ou algum sinônimo. Gravado em Miami e aproveitando toda a breguice norte-americana, a banda toca em um programa de TV enquanto o casal Spencer e Barbara, de 25 e 84 anos respectivamente, dança. A boa notícia é que, de tão estranho, o vídeo é também muito divertido.

Christmas Lights (2010) – O último clipe da banda foi lançado em dezembro e, segundo a banda e sua assessoria, não tem nada a ver com o novo álbum – o que é uma boa notícia, já que a música não impressiona em nada. Ainda assim, o clipe é bem bonito com câmera que passeando pelo cenário natalino com uma bela fotografia.

Clocks (2003)  – E se para as novas gerações Viva La Vida pode vir a ser a canção mais icônica do Coldplay, quem estava vivo em seu lançamento viu Clocks não apenas ser muito executada em todas as mídias, mas ser tocada por muitos, muitos meses – o que é cada vez mais raro em um mercado que muda tão rápido quanto o fonográfico. Seu clipe é simples e excelente com a velocidade alternada dos planos e a fotografia primorosa. Uma música tão impactante não precisaria de muito esforço para entrar no hall dos clássicos, mesmo.

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