Amarante e o adeus a “Cavalo” ao vivo

Rodrigo Amarante encerrou a turnê de Cavalo – seu primeiro trabalho solo – em um show intimista no Sesc Pinheiros (São Paulo), garantindo três apresentações lotadas nos dias 3,4 e 5 de fevereiro.

Foram apenas um violão branco e um piano, os cavalos transcendentes que dividiam espaço para acompanhar o músico no percurso de suas canções. O clima era de pré-carnaval, singelo e poético, sem alarde, os ouvidos estavam prontos para se aquecer e criar o seu próprio universo.

A entrada de Amarante ao palco concretizou a atmosfera serena – um homem só, sem muitos recursos além do seu talento e canto singular, tocando fácil. Seus dedos dedilhavam caminhos de significados para se levar a muitas estradas. A música é assim, repleta de subjetividade, e encontrar exemplos que absorvem o melhor da santidade é caloroso, inspirador e por demais bonito e singelo.

O repertório do show foi construído a partir das canções do seu álbum solo, sobrando lacunas para serem preenchidas com três musicas novas, uma velha conhecida e encomendada – que trouxe o segundo momento mais festejado da noite – e outras que se baseiam em projetos que o músico já participou. Entre elas,  Condicional do seu grupo em hiato Los Hermanos, que fixou gritos e emoções compartilhadas, como se fosse o último hino da missa desejando bons fluidos e garantindo a benção do carnaval que está por vir.

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