Gustavo Bertoni e Apeles – Ricochet
As “teorias” do porquê gostamos de brinquedos de parques de diversão giram em torno da experiência do pré-morte. Ou a pessoa sai aliviada por não ter morrido, ou se satisfaz com a sensação de controle, como se desafiasse as leis da natureza, como a gravidade, e saísse vitoriosa.
São coisas que vêm à mente ao assistir a Ricochet, parceria entre Gustavo Bertoni e Apeles. Uma música sobre emoções fortes e as ações que vêm delas dentro de um espaço de tempo ganha essa ilustração: A do êxtase em sentir-se vivo de cabeça para baixo e em alta velocidade. É estar seguro e inseguro ao mesmo tempo, como dentro de uma relação.
Um plano de longuíssima duração é base para toda a obra, que recebe sobreposições ao atingir o clímax da música, com as luzes do parque como a personagem as vê em movimento. A direção é de José Menezes.
Avaliação MP: 4/5
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