Foster the People – Houdini

Você pode ter o melhor emprego do mundo, ser milionário, um rockstar. Quem sabe um assalariado como outro qualquer. Ninguém está livre das prisões, das amarras e de um circuito de situações que te controlam de um jeito ou de outro.

No teaser de Houdini lançado há poucos dias, não dava para saber o que iria acontecer depois de ver o andaime caindo com os holofotes sobre a Foster the People. Seria uma analogia à pressão do sucesso e da fama? Bem, talvez sim.

Logo depois do acidente, preocupados só e exclusivamente em dar continuidade ao projeto, os produtores arranjam um jeitinho maquiavélico de concluir a gravação, bem ao estilo Um Morto Muito Louco – filme de 1989 carimbado na Sessão da Tarde.

O fato é que a própria canção expressa uma total vontade de libertação, comum entre quase todos os mortais. Agora, o quarto clipe do álbum debut da banda faz um contraste bem humorado entre a pseudo máxima do mundo da música (das bandas marionetes) e o desejo de tomar as próprias decisões, de conduzir seu próprio caminho.

Acaba que o vídeo vai fundo numa questão filosófica bem específica e tenta expor um elo de afinidade com a história de qualquer outra pessoa. E consegue. Afinal, será que somos mesmo descartáveis, substituíveis?

Houdini, dirigido pela dupla The Daniels, é corajoso e original ao falar implicitamente de uma hierarquia podre e de uma industria de fakes enlatados.

Avaliação MP:  5/5  

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