Papo em Dia: Marina Melo

Aqueles nomes que já apareceram pelo Música Pavê em algum momento no passado e deixaram saudades retornam para colocar o Papo em Dia com quatro perguntinhas.
Marina Melo
O que aconteceu desde a última vez que nos falamos?
“Uau! Tanta coisa aconteceu de 2020 pra cá, né? A gente precisaria de um delicioso episódio inteiro de Pós-Jovem para eu te contar tudo que rolou. Mas acredito que posso citar cinco coisas relevantes. A primeira é que (ufa!) a pandemia de covid-19 acabou. A segunda é que o genocida não foi reeleito (mas, pelo mundo tod,o a extrema direita tem avançado a passos largos – e de mãozinhas dadas com as big techs). A terceira é que o tal do aquecimento global é realmente muito quente. A quarta é que realizei um projeto de apresentação interativa chamado Shows secretos em plena praça pública, com o qual me apresentei em espaços públicos que amo em São Paulo. E a quinta é que eu estou gravando meu terceiro disco!”
O que mudou e o que não mudou na maneira como você vê a música (ou como você faz música) nesse período?
“O que não mudou: minha música continua completamente obcecada pela dualidade entre a exuberância da vida e os grandes desafios que nosso momento histórico apresenta. Nesse sentido, também não mudou o fato de que prestar atenção ao tempo presente é fundamental para meu processo de composição. Acredito que, em relação à forma como eu fiz o EP de 2020, muito mudou na maneira como eu faço música. Algumas novidades: para compor as músicas do disco que virá, fiquei três meses morando na residência artística Casa Líquida, o que foi uma experiência completamente inédita (e maravilhosa). A outra novidade é que, enquanto o EP de 2020 eu fiz totalmente à distância com a Naná Rizinni, esse disco eu fiz rodeada de muitos encontros presenciais e preciosos. Tenho carinho especial pelas tardes de gravação de voz que passei na Casa Tuyo ao lado das participações do trabalho, da Luiza Brina, arranjadora e produtora musical do trabalho, da Lio, diretora vocal, e do Machado, que fez toda a captação de voz”
Quais são suas novidades?
“Olha, a principal mesmo é o disco (risos). E o que eu posso contar por enquanto é que esse é um disco cujos arranjos da Luiza Brina se baseiam em vozes, violões e muitos outros sons criados pelo sound designer Lucas Ferrari especialmente para o projeto. Digo também que o trabalho está com participações mais que especiais e que ele chega em maio com lançamento pelo selo Dobra Discos!”
Quais outros artistas/bandas você tem escutado?
“Para o disco, a Luiza e eu passamos algumas tardes ouvindo muita coisa incrível. Vou deixar alguns dos nomes que nos inspiraram: Marina Herlop, Rosalía, Luiza Lian, Jorge Drexler, C. Tangana, Gustavo Galo, Marina Sena, Stromae, Cosmo Sheldrake, Mayra Andrade. Recomendo!”
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