Conheça: Abril Belga
Das melodias psicodélicas e experimentalistas até um diálogo firme sobre questões humanas nas letras, Gabriel Franco mostra em seu primeiro lançamento com o nome Abril Belga que consegue trabalhar cada elemento sozinho, sendo uma banda de um homem só.
Seu som tem como característica mais interessante o diálogo que cria com o ouvinte. Ouvir seu disco é como sentar e escutar um pouco de Gabriel se identificando com suas questões ora simples, ora profundas. Nessa conversa, o artista nos expõe a uma melodia despida de gênero, na qual ele flerta com o indie, folk, lo-fi e o psicodélico, sendo difícil enquadrá-lo em um só estilo.
As onze faixas de seu recente disco 99 carregam uma leveza muito por conta do violão e às vezes pelos instrumentos de sopro, e essa talvez seja a melhor forma de levar mensagens tão complexas, como na faixa Fluir: “Essa música fala mais ou menos sobre como as relações amorosas, de forma geral, são baseadas na casualidade, na sorte, e escapam ao nosso controle, por mais que a gente tente controlar alguma coisa, assim como tudo na vida. E também são cíclicas: conhecer e amar alguém, deixar de amar e seguir, vai se repetindo, sem ser igual porque a gente muda ao longo do tempo. A estrada é esse fluir natural das coisas, um caminho numa direção: da vida, do amor. A natureza, deserto e folhas representam esse ciclo”, analisa Gabriel.
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