Céu estreia “APKÁ!” ao vivo em São Paulo
“Olá, como vai você?” – o verso que abre APKÁ! é também o primeiro cantado por Céu no show do disco. É uma saudação que revela o grau de familiaridade que o público encontra na apresentação, qualidade somada a uma das características mais particulares da artista: Aquela pose de cantora grandiosa quase sobre-humana – ou diva, como popularizou-se dizer.
A impressão é que Céu nunca esteve tão à vontade no palco, com a banda ou mesmo nessa estética que virou sua identidade (ou vice-versa?). Intercalando o novo repertório com favoritas de outras fases (Cangote, Varanda Suspensa e Malemolência foram alguns dos momentos mais celebrados do show), ela convida todos à dança entre sorrisos, declarações de gratidão e pequenas histórias (como quando ela pediu uma música a Caetano Veloso, que lhe escreveu Pardo).
Das novidades, Coreto parece já ter encontrado seu lugar de carro-chefe de APKÁ!, assim como Perfume do Invisível foi com Tropix, Forçar o Verão não esconde seu potencial de hit orgânico e Corpocontinente já é um dos momentos musicais mais bonitos do ano. A melhor surpresa foi o quanto Nada Irreal, um tanto tímida no álbum, ganha força ao vivo.
Já o maior deleite para quem acompanha sua carreira há uma década e meia é ver várias de suas facetas de uma só vez no palco, uma experiência semelhante à de ouvir APKÁ!. Esbanjando um domínio vocal cada vez mais impressionante, Céu prova mais uma vez que todo elogio pode ser redundante quando seu próprio nome já virou sinônimo do que há de melhor na música de hoje.
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