Alice Caymmi estreia “Imaculada” nos palcos com formato “power trio”

“Que divertido”, disse Alice Caymmi para si mesma em algum momento do show no Sesc Belenzinho (em São Paulo) no domingo, 07, após uma das muitas amostras de entrosamento de sua banda. Era a última de três apresentações programadas para aquele fim de semana, uma estreia caprichada para o álbum Imaculada nos palcos.

Nesta, que foi sua primeira brevíssima temporada desde antes da pandemia, a artista carioca optou pela experiência de “banda completa”, ao invés de um formato eletrônico para a performance. Isso fez com que faixas como Dentro da Minha Cabeça, Serpente e Sentimentos ganhassem o combo guitarra, baixo e bateria ao invés dos beats e programações que marcam a estética do novo disco.

Ian Cardoso (guitarra), Lucas Gonçalves (Maglore, Vitreaux)(baixo) e Thiago Silva (bateria) brincavam livremente em uma cama sonora de grande potência que suportava também o forte vocal de Alice. Quem estava no teatro foi surpreendido com não um sopro criativo, mas todo um vendaval que percorria o repertório – que incluia músicas de outras fases, como Princesa e Tudo o que For Leve, e também A Lenda da Luz da Lua (do anime Sailor Moon) e Me Leva, do cantor Latino, no bis.

No centro do palco, a cantora se apresentava do alto de sapatos plataforma, com figurino que lembrava uma boneca, mas com adornos por todo o rosto e um cabelo imponente meio caliandra rosa, meio grou coroado. São detalhes que não apenas compõem o universo de Imaculada, mas também nos relembram que Alice é uma verdadeira diva, mesmo quando brinca de “vocalista de banda”.

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