Giovanna Moraes – III
Giovanna Moraes abraça a si mesma na capa – e também nas músicas – de seu disco III.
A artista explicou ao Música Pavê que o conceito da obra é “um abraço em mim, uma dança comigo mesma, um autocarinho, muito necessário nestes tempos de isolamento. Um corpo sem rosto, sem minha identidade revelada já na capa, pois os sentimentos por trás das músicas do III não pertencem somente a mim, mas a todos aqueles que vivem a mesma situação, a todos aqueles que estão sobrevivendo aos traumas de um momento histórico” – no caso, a pandemia do covid-19.
Giovanna assina a arte do disco, que traz fotografia de Fabricio Vianna. “Quando tiramos a foto não tinha materializado como seria a capa do álbum”, conta ela, “combinamos de fazer uns cliques sem compromisso. Comecei a editar as imagens com a intenção de usar para outra coisa, e, por acidente, tentando tirar o fundo da foto, acabei tirando meu rosto junto. Quando bati o olho na imagem que restava me caíram umas fichas. Era isso, a capa do álbum! Um corpo se segurando e ao mesmo tempo se deixando levar”.
“Ofereço o álbum a vocês, que como eu continuam na batalha, aprendendo a cada dia a se segurar na espera de épocas melhores”, declara Giovanna, “são músicas de acolhimento, falam de solidão, saudade, sanidade, sobre os desencontros da vida, as dores de crescimento e suas inevitáveis cicatrizes. Mas tá “tudo bem”, faz tudo parte da vida, o som te convida, mesmo nos momentos mais obscuros, a encontrar leveza e muito amor próprio. É um abraço, um amplexo, não exatamente meu, e não exatamente em mim. É um convite meu para quem ouvir de se permitir a se amar mais e sentir mais”.
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