Arthur Navarro + Kiranpal Singh + Dhiego Valadares – Fusão Ancestral

Fusão Ancestral é o disco que une o compositor Arthur Navarro, o maestro de santoor Kiranpal Singh e o percussionista Dhiego Valadares, com lançamento marcado para 25 de setembro. Dias antes, o Música Pavê apresenta em primeira mão a arte do álbum.

Com ilustração e design por Enzo Gratz, a capa teve seu norte estético “seguido e almejado para arte da capa foram de ilustrações indianas entre os séculos 16 e 18 mescladas com arte brasileira, buscando fazer algo que não tivesse muita profundidade de sombreamento, para representar algo menos realista e simples, seguindo as inspirações de artes mencionadas”, como o artista visual contou ao site.

Arthur conta que ele e Enzo têm”uma amizade de longa data e toda a conversa e processo de criação foi bem fluida e de uma construção prazerosa. Nós conversávamos, o Enzo fazia um esboço/rascunho e me enviava, aí eu pegava e fazia uns rabiscos adicionando alguns elementos que acredito ser imprescindível para representar o universo musical e das letras do álbum Fusão Ancestral em imagens, e assim foi seguindo até concluirmos a parte da ilustração”.

“Eu quis fazer uma arte bem simétrica, algo dentro da mesma grade de distribuição dos elementos desde a seleção dos instrumentos que os personagens estariam portando pra representar esse equilíbrio entre a cultura brasileira, capixaba e indiana”, conta Enzo, “o movimento do peixe acompanhando a circunferência da árvore, que por sua vez acompanham o movimento das Luas; o Arthur, Kiranpal e Dhiego formando uma triangulação, com roupas de pano soltas amarradas com faixas, bem estilo indiano, e de cores brancas para passar o sentido de equilíbrio e união – as quais segundo Arthur também flertam com vestes de religiões africanas; e as montanhas e a macieira representando os vales da Kashmira”.

“Tendo em vista que o álbum propõe uma viagem sonora composta com base na união de diversas escolas musicais de locais distintos do planeta – além de trazer nas letras questões e questionamentos de cunho místico, relatos históricos e experiências cotidianas -, a arte da capa deveria ser substancial e demonstrar esse universo musical distinto que criamos”, explica Arthur, “quando penso em universo me vem em mente grãos microscópicos, alinhamentos celestes, vida pulsante e paisagens diversas. E é isso que o álbum busca retratar, através de meu filtro pessoal de compositor, sendo cada música é uma visão, um quadro sonoro em movimento que desenvolve histórias a respeito do universo de cada cultura de cada um de nós envolvidos na criação do álbum”.

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