Música Pavê Recebe Piky Candeias, Assessora de Imprensa

A assessora de imprensa Piky Candeias participou, nessa quinta-feira, dia 27, de uma troca de ideias com a equipe do Música Pavê. “Dinossáurica” no meio profissional dos bastidores da música (em suas palavras), Piky trouxe sua bagagem e experiência para compartilhar tanto seu conhecimento de anos atuando como “mensageira” dos artistas, como reflexões sobre o processo de mudança da comunicação e sua consequência no funcionamento da assessoria musical.

De uma época em que a assessoria não era reconhecida como uma disciplina na faculdade de jornalismo, Piky aprendeu na prática a atuar na área por meio de estágios nos anos 1990 na editora Abril e na MTV. Posteriormente, assessorou gravadoras como Trama, Warner e Abril Music, seja com a Batucada Comunicação ou, hoje, com a Piky Candeias Comunicação. Laboratório Fantasma e o selo Circus, são alguns dos clientes com quem ela já trabalhou, e atende hoje gravadora Deck, responsável por artistas como Pitty, Dead Fish, Alceu Valença e Josyara. 

De uma história que dá para segurar na mão, como o gigantesco clipping do primeiro disco da banda Los Hermanos (1999), do qual Piky participou da divulgação e mostrou para a equipe do Música Pavê, até outros tipos de comunicações feitas por exemplo pelas redes sociais dos artistas, que são mais sutis e difíceis de se medir, o trabalho do assessor foi destrinchado e refletido pela convidada, que o associou com um jogo de xadrez. Segundo Piky, o planejamento, a rotina e os prazos não são tão controláveis nesse meio, porque a assessoria está sempre suscetível ao ritmo da imprensa e aos seus desejos, ou seja, uma novidade de um artista “pode virar capa, ou pode virar nada”, e, a cada publicação realizada, deve ser pensada outra diferente. Mas também, está influenciada pelo inconsciente coletivo que “a música capta”, como ela cita que foi o furacão Anna Júlia com Los Hermanos, que rapidamente levou uma banda alternativa para o topo das paradas de rádio.

Mesmo com as mudanças no processo da comunicação da música na era dos streamings, no momento em que a rádio não é mais o principal meio de divulgação e que o artista consegue falar diretamente com seu público pelas redes sociais, Piky reflete a permanência do trabalho da assessoria como um mediador importante do pensamento do artista para a sociedade, em que o diálogo entre a arte e o público exige reflexão, e que o assessor está aberto a incentivar. Pensando como parte importante da cena cultural, Piky traz os trabalhos do jornalismo musical independente, que fundamentam a existência e circulam a conversa sobre a música, colocando em cena as diversas discussões que rondam o fazer artístico, alimentando a troca entre os assessores, os artistas e seus ouvintes, uma relação ainda muito forte e que o Música Pavê, dentre muitos outros importantes sites, newsletters e jornalistas, faz parte.

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