Ziggy Alberts Está Cercado por Seus Heróis

Sol, praia e surf costumam gerar músicas muito amadas por brasileiros. Não à toa, a primeira vez que Ziggy Alberts passou pelo país (há um ano, no festival Floripa Eco) causou uma comoção considerável – tanto para o público, quanto para o australiano. Falando ao Música Pavê, ele contou que foi “insano” tocar para mais de dez mil pessoas nessa sua primeira visita.

Na bagagem, ele trouxe uma parceria feita à distância com Vitor Kley (Rewind Dois), outro músico que se apresenta da mesma combinação de elementos veraneios em seu som. E a história de Ziggy, até agora, tem sido marcada pelos encontros com outros grandes mestres da música praieira, como Jack Johnson e Donavon Frankenreiter. Em suas palavras: “Gravei com meus heróis”.

“É algo que eu nunca esperava que acontecesse”, conta Ziggy, “talvez eu deva até pensar mais a respeito disso, porque, mesmo sendo grato, tem coisas que você não sabe o quanto significam até parar e refletir. Mas eles me deram uma chance, que é algo que nunca esperei deles”.

Ele explica também que tem sido difícil esse tempo de reflexão no que acontece na sua carreira por pura falta de tempo. “Estava no Brasil, continuei a turnê, depois entrei no estúdio para gravar, finalizamos as músicas e voltei para a estrada”, comenta ele, “mas não posso reclamar. Eu até poderia fazer uma pausa, mas a questão é se eu faria essa escolha (risos)”.

“Acho que esse ritmo acelerado me deixa ainda mais empolgado para compor”, reflete Ziggy, “preciso sempre fazer um upgrade de memória no meu celular para caberem todas as ideias que eu gravo na estrada. Se eu não registrar na hora aquela inspiração, ela se perde. Acaba indo para outra pessoa”.

“Às vezes, minhas ideias me surpreendem, mas também me assustam”, ele brinca, “mas me surpreendo ainda mais com o que os outros sugerem. Recebo opiniões que me fazem perceber que há muito o que ainda não considerei para minha música. E tudo isso me inspira a querer entrar no estúdio amanhã mesmo e gravar algo novo”.

Por falar em novidades, Ziggy Alberts lançou Where Does the Love Go? recentemente para anunciar seu próximo álbum (seu sétimo), New Love, para fevereiro de 2025. Ele conta que o disco é fortemente influenciado pelos músicos que mais escutou na vida (de The 1975 a José González), mas também pelas pessoas com quem pôde trabalhar.

“Foi uma honra poder fazer turnê com Jack Johnson”, diz ele, “Donavon Frankenreiter me deu a chance de tocar até no Japão”. E em meio a tantas novidades e turnês, ele afirma que um retorno ao Brasil está no topo de seus planos: “Ainda estou devendo um abraço para Vitor Kley, que não conheci pessoalmente”.

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