Só Se Conhece Mesmo VRUUMM Ao Vivo (Mas os Discos São Ótimos)

“Na cena da música instrumental, um disco é a fotografia de um momento”, conta Anderson Quevedo, o fundador da banda VRUMM, “aquilo ali já mudou desde que ele foi gravado. Na hora em que o álbum sai, já está todo diferente”.

Falando ao Música Pavê por telefone, ele explica que esse processo se aplica ao recém-lançado Tony Brizza, o segundo álbum do grupo: “A gente gravou no ano passado, mas lançou só agora em março. Por isso, ao vivo é muito diferente do disco. As músicas são as mesmas, mas o jeito que a gente toca é outro. Pra conhecer VRUUMM, tem que ter visto um show pelo menos “.

Tony Brizza foi todo produzido como se fosse a trilha sonora de um jogo protagonizado pelo personagem-título. “Tony foi o fio condutor do disco”, comenta Anderson, “que tem um começo, um meio e um fim”. Esse aspecto narrativo da obra é também uma ferramenta para conseguir alcançar mais público com um trabalho instrumental – que não costuma ter tanto espaço quanto um lançamento de canções.

“A gente pensou em outros atrativos para o show, para que não fosse só música. Queria trazer uma galera da videoarte, figurino, cenografia – uma unidade não só musical, mas a apresentação como um todo”, comenta Anderson, “a gente é ambicioso, estar tocando e lançar disco todo ano. Mas a gente é bem realista também (risos), então trabalha com o que tem, e tá dando super certo”.

Parte do que VRUUMM tem é o cacife de ser formado por integrantes de bandas que conhecemos bem, como Garotas Suecas e Mel Azul. “Fica tudo mais fácil”, conta Anderson, “só agenda que é nosso maior problema (risos). Mas, como a gente é amigo há muito tempo, consegue contornar essa situação”. Ele mesmo tem no currículo sua função de saxofonista ao lado de Criolo, Emicida, Otto e Bixiga 70, entre outros.

“Tive a oportunidade de trabalhar só com quem me ofereceu muito em troca. Só de estar ali em cima do palco vivenciando aquele momento já é um aprendizado pra vida. É muito sensacional, a cereja do bolo, estar em contato com essas figuras, trocar ideia de igual pra igual. É muito louco, tipo, João Donato gostou do arranjo que eu escrevi (risos). É bom demais, a gente vira um menininho na loja de doces”.

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