Um Por Um: Moses Sumney por Tássia Reis

O som que queremos ouvir por mais uma década: Ao longo do mês de novembro, o Música Pavê comemora seus dez anos no ar através de uma série especial com artistas que temos acompanhado de perto comentando outros que também amamos. Dessa forma, uma grande playlist vai sendo montada com os sons que apontam para o futuro sendo adicionados um por um.

Uma É Tássia Reis

Rapper e cantora, a artista flerta do jazz ao pop/r&b, do som mais arrojado aos versos nervosos. Empresária de moda – é dela a marca Xiu! -, Tássia é dona de mensagens empoderadoras em seu trabalho solo, em diversas parcerias e como integrante do coletivo Rimas & Melodias.

No Música Pavê: “Bêbada de Feriado ganha toda nossa atenção pela beleza da composição e da interpretação da cantora, tudo registrado pelo movimento das câmeras e alternância de planos, que revelam um pouco de uma artista que agora queremos conhecer melhor” (Ao Vivo, 2014); “É uma obra (e uma mensagem) que o Brasil que não quer ver minorias enriquecendo precisa ouvir” (Resenha Dollar Euro, 2019)

O outro é Moses Sumney

Mais um artista cujo trabalho vai além do som, o norte-americano traz propostas estéticas sempre muito bem amarradas em arranjos, vídeos e figurinos, por exemplo. Favorito de gente como Sufjan Stevens e James Blake, Moses esbanja personalidade e melancolia em tudo o que coloca no mundo.

No Música Pavê: ” Foi em setembro que saiu Aromanticism, seu primeiro álbum, com uma coleção de faixas que mostram seu potencial vocal, sua melancolia cheia de nuances e uma musicalidade sempre complexa e refinada em letras e nos instrumentais. Não se dê ao trabalho de enquadrá-lo em apenas uma ou duas classificações – ao contrário, esteja aberto para passear por canções cheias de personalidade, independente do que elas se parecem” (Artigo, 2017)

Moses Sumney por Tássia Reis

O que Moses Sumney tem de melhor? 

Moses pra mim é um artista completo, tudo dele é muito bom, de muito bom gosto e muito sensível, profundo, belo, emocionante. Desde a voz às composições, a produção musical, a estética sonora e audiovisual, tudo tão conectado, acho incrível mesmo. A performance dele no Planet Afropunk foi insana!

O que o som dele te lembra?

Me lembra um fim de tarde visto do alto de uma colina, com o vento levemente balançando as folhagens, como se fosse um filme. Mas, musicalmente, me faz pensar em Al Green, com uma audácia de Prince, e mais alguma coisa que me escapa.

 O que o trabalho de vocês tem em comum?

Acho que algo que pode nos aproximar talvez seja essa melancolia e essa constante observação da vida. E talvez a influência da soul music também.

Como seria uma parceria entre vocês? 

Uau! Acho que seria lindíssima, profunda, dessas que dá vontade de chorar. Acho que seria um encontro sensacional, provavelmente algo com dois momentos – um mais minimalista e depois iria crescendo e entrando novos elementos, já tô até produzindo aqui na minha mente (risos).

Curta mais da série Um por Um no Música Pavê

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