Um Por Um: Lianne La Havas por ÀIYÉ

O som que queremos ouvir por mais uma década: Ao longo do mês de novembro, o Música Pavê comemora seus dez anos no ar através de uma série especial com artistas que temos acompanhado de perto comentando outros que também amamos. Dessa forma, uma grande playlist vai sendo montada com os sons que apontam para o futuro sendo adicionados um por um.

Uma é ÀIYÉ

Cantora, compositora e produtora carioca, Larissa Conforto ficou conhecida ao longo da década como baterista nas bandas Ventre e Tipo Uísque. Seu projeto solo traz outras facetas de sua música para dar conta de temas pessoais, de experiências do passado a espiritualidade.

No Música Pavê: “Sou baterista, então estudo um monte de ritmos. E, às vezes, os estilos musicais se definem pelo ritmo. Imagina a gama de influências que eu tenho, que são muito diversas. Quis mostrar vários recortes: Falo sobre espiritualidade, sobre política, posso fazer spoken word, vou misturar um ritmo latino com beat e vou falar de coisas que são urgentes e fazer uma canção triste. Como eu vou juntar tudo isso de uma maneira que me represente?” (Entrevista, 2020)

Outra é Lianne La Havas

Uma das melhores vozes da música autoral britânica na última década, Lianne extrapola gêneros com sua guitarra, do folk ao soul. De grande recepção entre crítica e público, sua música sabe ser cada vez mais popular ao mesmo tempo que incorpora ainda mais sofisticação.

No Música Pavê: “O disco autointitulado de Lianne La Havas proporciona uma imersão coesa e sensível em sua sonoridade. O álbum explora as cordas (violão e guitarra) e a bateria, criando ambientes acolhedores e lançando ao ouvinte um convite: olhar para si e para o que está ao redor; ver, com calma e carinho, o que nos dói e o que nos alegra. A voz da artista dá movimento e fluidez às composições poéticas e afetivas. Cinco ano após seu último lançamento, Lianne parece ainda mais radiante e consciente de si” (Dicas de Discos do Mês, 2020)

Lianne La Havas por ÀIYÉ

O que Lianne La Havas tem de melhor?

Certamente o groove! Mas não posso deixar de citar a voz impecável com melodias que remetem a um R&B reciclado e as ótimas guitarras – ela é uma excelente instrumentista e isso me toca no fundo do coração!  

O que o trabalho dela te lembra?

Me lembra uma playlist que fiz pra acordar feliz, chamada “vibey”. Me interessa muito essa onda de misturar a cultura do sampling do hip hop lo-fi com jazz, R&B etc. Na playlist, além de Lianne, tem Kaiit, Massego, Mahalia, DAO, Hiatus Kaiyotte, HNNY, Berhana, Thundercat, Yussef Dayes e Kamaal Williams, entre outros. 

 O que os trabalhos de vocês duas têm em comum?

Acho que o fato de ambas serem instrumentistas, do groove fora da caixinha, e a paixão por Radiohead, com certeza absoluta!

Como seria uma parceria entre vocês?

Seria um sonho! Axé puro. Um groovy-jazz-lofi-macumbeiro cheio de profundidade! Nem vou dormir à noite pensando nisso!

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