Rockologia: O som americano no Velho Mundo

Por mais de 60 anos de existência e grande popularidade ao longo de sua trajetória, o Rock se espalhou de forma considerável ao redor do planeta em diferentes nações onde não se imaginava, na época de seu surgimento, que o gênero pudesse aterrisar. Muitos fatores sociológicos e históricos contribuíram para que o Rock avançasse pelo mundo de forma gradual.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a vitória das potências ocidentais lideradas pelos Estados Unidos, o mesmo ofereceu ajudas econômicas aos países arrasados pela guerra como o Plano Marshall, e conseqüentemente levou a estes países muito de suas produções culturais, como o cinema e a música. Por volta de 1952, o Rock punha os seus pés na Europa Ocidental, chegando pra ficar.

A Partir do momento em que a Grande Guerra terminara, os países vitoriosos de maior poder econômico, EUA e URSS, iniciaram um confronto por influência política e ideológica sobre os demais países do mundo, de um lado o capitalismo norte-americano e do outro o socialismo da Rússia e União Soviética, este período ficou conhecido como Guerra Fria pois não houve confrontos diretos entra as duas potências. Durante este tempo o Rock esteve terminantemente proibido de atravessar as fronteiras do Oriente, pois era considerado uma ameaça vinda dos Estados Unidos, mas em 1989 esta história mudaria com o fim da Guerra Fria e a abertura econômica e social dos países soviéticos em relação ao mundo.

Com o fim do confronto, o gênero musical criado nos Estados Unidos passou a transitar por terras orientais, fechando sua volta ao planeta. O Rock se instalou em nações das mais diferentes culturas, sendo cantado em seus idiomas locais e possuindo significados diferentes em cada país, sendo estes políticos ou ideológicos.

Finley – Sole di Setembre

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