Rockologia: Genesis
Durante os anos 1960, a Inglaterra em todas as suas regiões passou a criar e lançar inúmeras bandas de Rock que se consagraram sucessos internacionais face à hegemonia norte-americana neste quesito. O sucesso planetário e revolucionário dos Beatles naquela década levou jovens de todo o país a formarem suas próprias bandas e almejar um reconhecimento por algo que tanto se identificavam. Foi neste contexto que Peter Gabriel, Mike Rutherford, e Tony Banks formaram uma das bandas de maior sucesso no mundo do Rock: o Genesis.
Quando ainda estudavam na escola de Charterhouse, em 1967, os três jovens do interior da Inglaterra, aproveitando que o Rock psicodélico e progressivo estava em seu auge, criaram suas músicas nesta linha, com melodias bem elaboradas, guitarras estridentes com diferentes efeitos sonoros e muita experimentação. Toda esta abordagem levou o Genesis ao sucesso precoce na Europa e nos Estados Unidos, por onde passaram em turnês durante início da década de 70.
Mais tarde, por volta de 1975, divergências musicais entre os integrantes e um certo declínio das vendas de alguns álbuns, entre eles o famoso Trespass de 1971, contribuíram de forma decisiva para a saída de um membro importante para a sonoridade da banda, que era o guitarrista e vocalista Peter Gabriel. Além dos motivos internos, Gabriel atribui sua saída à fatores pessoais e familiares, como o nascimento do seu primeiro filho. O resto da banda optou, portanto, em continuar o trabalho e procurar um novo vocalista para substituir Peter.
Em 1976, na cidade natal da banda, Godalming, os mesmbros remanescentes Rutherford e Banks, encontraram um baterista de jazz que se propôs a assumir os vocais e, para a surpresa deles, o jovem tinha mesmo uma grande qualidade vocal necessária para que a banda continuasse suas atividades profissionais, já que possuíam contrato com uma grande gravadora. O jovem Phil Collins, então, assumia o microfone da banda e a partir deste momento o Genesis iniciava a fase mais promissora de toda a sua sua história.
Com mais alguns membros além de Colins, como o baterista Chester Thompson, o Genesis iniciou a década de 1980 com o pé direito, lançando discos que se consagraram sucessos de vendas no mundo todo, como Abacab (1981) e Invisible Touch (1986), o mais vendido da carreira da banda. O sucesso foi inevitável e assustador para os membros da banda, que se tornaram lendas. Este reconhecimento foi fruto da criação de discos que flertavam com o Pop e a New Wave que dominavam às rádios internacionais, alcançando um público maior.
Todo este sucesso de público e de vendas não trouxeram paz e calma para os membros da banda. A grande exposição dos membros do Genesis afetou diretamente a vida pessoal de cada um, levando a banda ao início uma crise, onde seu fim parecia próximo. O estopim para o fim da banda, em meados dos anos 1990, foi a queda das vendas devido ao sucesso do movimento Grunge na cena Rockeira e a saída de Phil Collins, que passou a seguir carreira solo.
Com mais de 150 milhões de discos vendidos ao longo de sua carreira, o Genesis se consagrou com uma das bandas de maior sucesso na história do Rock e também fora dele, sendo eleito pela revista Rolling Stone um dos 30 maiores artistas da música durante a segunda metade do Século XX. A banda em 2007 realizou uma turnê mundial e o lançamento de uma coletânea marcando sua volta para a alegria de todos os seus fãs, e também de gerações posteriores que nçao tiveram a oportunidade de ver a banda em seu auge nos anos 1980, o que prova que a banda liderada por Phil Collins, já é uma lenda na história do Rock’N’Roll.
Invisible Touch
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