Quinze Discos que Resumem 2015
Daqui cinco, dez ou vinte anos, quais são os discos que você reconhecerá como ícones de 2015? Ou, melhor ainda, quais serão aqueles que ainda estaremos ouvindo?
Se não podemos definir o futuro, podemos olhar para o passado recente e já mostrar quais foram aqueles álbuns que parecem resumir o ano, seja pelos temas tratados, pela popularidade e presença no site, ou – mais importante ainda – termos ouvido tantas vezes ao longo dos meses.
A equipe do Música Pavê votou e escolheu os quinze discos que resumem 2015. Quais marcaram o seu ano?
(Curta mais do especial 2015 em Resumo no Música Pavê)
###Boogarins – Manual ou Guia Livre de Dissolução dos Sonhos
“Maturidade é o conceito que mais escorre do segundo álbum da banda goiana, ainda mais quando comparado ao anterior. Com aquela cara de algo que fica melhor ainda ao vivo, o disco é uma coleção de faixas incríveis com as melhores vibes do ano” (André Felipe de Medeiros)
###Alabama Shakes – Sound & Color
“Todo mundo que conheceu Alabama Shakes em 2012, com Boys & Girls, estava esperando por este disco. E ele veio do melhor jeito que Brittany Howard e sua trupe poderiam entregar. Mais uma vez, a cantora traz força e sutileza na sua voz. Contudo, justiça seja feita, não é apenas ela que brilha no álbum. Arranjos, timbres e detalhes que você só vai notando após várias audições fazem de Sound & Colour um álbum contemporâneo e clássico” (William Nunes)
###Florence + The Machine – How Big How Blue How Beautiful
“Sinceramente, eu não acreditava que a Florence poderia produzir algo tão belo do início ao fim. Cerimonials tinha canções belas, porém o disco todo não soava tão justo quanto algumas músicas. How Big How Blue How Beautiful é uma chuva de emoções. Queen of Peace já possui a melhor introdução dos anos 2010″ (Rubens Filho)
###Emicida – Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa
“Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa é exatamente sobre crianças, quadris e pesadelos, mas, principalmente, sobre lições de casa. Afinal, ouvir Emicida é sair cheio de trabalho, de coisa pra pensar, mudar em você. Esse disco traz frases magníficas, que rasgam o peito e gritam ‘não, não aconteceu isso com os negros. Acontece! E, não, eu não vou te deixar esquecer!’” (Anna Rinaldi)
###Elza Soares – A Mulher do Fim do Mundo
“Esse é um álbum indiscutível pra muitos Pavezeiros que você encontra por aqui. Adjetivos não faltam para descrever a obra que é A Mulher do Fim do Mundo: contemporânea, forte, sensível, plural, emocionante… histórica. Elza canta sobre vida, morte, violência, sexo, tudo com uma pitada certeira de sal, sem perder a mão. Poderíamos falar por horas sobre o disco, mas, se vamos fazer isso, é melhor dar o play logo e deixá-la cantar até o fim” (William Nunes)
###Tame Impala – Currents
“Hits envolventes e muito bem construídos que continuam a proposta sincera nas letras e lisérgica no som que a banda australiana vem fazendo. Mais uma vitória de goleada para Kevin Parker” (André Felipe de Medeiros)
###Maglore – III
“Nos dias de vibe boa, a positividade das letras e o ritmo atraente das músicas tratam de mantê-la; quando ela está ruim, tratam de mudar a situação. A quimera de um disco capaz de tornar a vida mais gostosa se tornou realidade com o último trabalho de Maglore, III, feito para se ouvir duas mil e quinze vezes” (Gabriel Peixoto)
###Tulipa Ruiz – Dancê
“Letras e ritmos que dançam em par e formam uma única ‘coreografia’. Este é o disco Dancê, da multiartista Tulipa Ruiz, marcado por músicas que são o extrato das experiências e ousadias sonoras características de uma cantora que transborda novidade sem deixar para trás referências importantes que fazem seu trabalho ser o que é” (Gabriel Peixoto)
###Sufjan Stevens – Carrie & Lowell
“Os discos mais profundos lançados no ano são apenas uma bacia em comparação ao fundo do poço que o norte-americano narrou, com extrema sensibilidade e arranjos belíssimos, em um álbum sem defeitos” (André Felipe de Medeiros)
###Kendrick Lamar – To Pimp a Butterfly
“Hip hop para quem nunca ouviria rap – só que, ao invés de fazer algo pasteurizado e pop (no pior dos sentidos) para isso acontecer, o rapper foi na direção contrária e fez certo por linhas tortas. Magnífico” (André Felipe de Medeiros)
###Adele – 25
“A temática de 25 esbarra em vários momentos em seu predecessor. A diferença é que o novo trabalho de Adele traz uma voz mais madura, instrumentações com mais peso e um clima de superação. De dores passadas e da própria potência vocal da cantora, uma das mais impressionantes dos últimos anos” (Nathália Pandeló)
###Ventre – Ventre
“O álbum te deixa com um gostinho de quero mais. Todas as músicas se abraçam e conversam entre si, trazendo sensações diferentes enquanto as escuta. Um disco gostoso de ouvir e que te deixa curioso pelo futuro da banda” (Carolina Reis)
###Justin Bieber – Purpose
“Volte no tempo e conte para alguém que Bieber lançará um dos melhores discos de 2015. A cara de espanto que a pessoa fizer é a mesma que expressamos ao ouvir Purpose pela primeira vez” (André Felipe de Medeiros)
###Tiago Iorc – Troco Likes
“Mais romântico, mais crítico, mais popular. Iorc veio superlativo em um disco que sabe dialogar com seu público de sempre e com (os muitos) novos fãs e causar sorrisos que não precisam ser forçados” (André Felipe de Medeiros)
###The Staves – If I Was
“O que faltava no primeiro álbum do trio de irmãs era expressar as qualidades únicas que The Staves possui. Elas cruzaram o Atlântico e deixaram Justin Vernon (Bon Iver) fazer sua mágica para entregar um disco que, além de belo, vem cheio de criatividade” (André Felipe de Medeiros)
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