¡Que Guapo! Bate-Papo e Fotos Exclusivas com Amics del Bosc
Nem só de folk vive a música catalã. O grupo Amics del Bosc estreia no próximo dia 9 o seu segundo álbum, Fluctuacions de l’Apòstol/Flam (Flutuações apostólicas), injetando rock psicodélico na cena nacional.
Hendrix e Morrison são influências notórias, mas outra referência que dá corpo ao disco é o blues e sua riqueza de improvisações. Influxos filtrados, o forte da banda é o som orgânico sustentado por apuro técnico.
Fluctuacions (Casafont Records) recebeu uma cuidadosa pré-produção e foi gravado à moda antiga, sem metrônomo, com o objetivo de criar peças cruas e viscerais e de recuperar o frescor e a vivacidade das primeiras gravações ao vivo. As vozes e coros passaram pelo estúdio em um segundo momento.
Os Amics del Bosc são Josep Torelló (guitarra, voz, letras), Guillem Caballero (teclado), Borja Camí (baixo e percussão) e Lui Vintró (bateria). Encontrei os quatro em uma tarde chuvosa aqui em Barcelona para que eles me contassem um pouco mais sobre o disco e o grupo.
Música Pavê: “Os ‘Amics del Bosc’ são uns hooligans da natureza, gente que se vê um lenhador cortar uma árvore sã estremece. Apanhadores de cogumelos confessos, mochileiros esporádicos, agrícolas de profissão. O ‘Amics del Bosc’ se forma como um composto: a partir de bandas mortas ou nos resquícios surge um substrato reutilizável, que floresce da maneira mais psicodélica. A principal motivação do grupo é fazer música para plantas ou, na sua ausência, para vegetais humanos”. É assim que vocês se apresentam no perfil do Facebook. O que querem dizer com isso?
AdB: Gargalhadas.
Lui: É uma brincadeira.
Guillem: É uma forma de chamar atenção.
MP: Então vocês não são amigos do bosque? Vocês não colhem cogumelos?
Lui: Nós gostamos do bosque, mas somos da cidade. Somos todos de Barcelona. Não temos nada a ver com a vida no campo. Mas gostamos da ideia e do nome “Amics del Bosc”.
MP: Vocês gravaram o Fluctuacions em um estúdio no meio do nada, com vistas bucólicas. Esse ambiente influenciou o resultado?
Josep: Com certeza. O título do disco inclusive foi decidido depois desses dias em Vall d’Ora. Estivemos “flutuando”; foram como umas pequenas férias.
MP: Há poucas propostas catalãs que sigam esse estilo mais rock, R&B. Vocês se destacam nesta vertente. Como definiriam sua música?
Guillem: Fazemos rock com as portas abertas.
Josep: Valorizamos a espontaneidade, a improvisação, a experimentação.
Em outro dia, sem tanta chuva, o Música Pavê se encontrou com os Amics del Bosc para assistir a um ensaio da banda e fazer uma sessão de fotos. Horas de pura diversão e satisfação artística em fotos frescas, com uma paleta de cores vivas e principalmente frias, e que brincam com o nome do grupo ao incluir elementos naturais. Josep, Borja, Lui e Guillem transbordam simpatia, ao mesmo tempo que as imagens expressam um pouco a característica visceral e simples do estilo da música que eles fazem. Este ensaio foi feito exclusivamente para os leitores do site. Confira as fotos abaixo e, em seguida, o som da banda no vídeo M’agrada quan em mires.
M’agrada quan em mires
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