Os Dias de Nick Drake

Conhecer vida e obra de Nick Drake (1948-1974) gera lamentos. É uma pena ele ter falecido antes de completar seus 27 anos, existirem tão poucos registros sobre ele (não há vídeo ou filme, apenas fotografias e poucas gravações) e sua discografia permanecer desconhecida de grande parte da população.

Se você admira o músico, essa situação se agrava quando se assiste ao documentário A Skin Too Few – The Days of Nick Drake, que tenta biografar essa que é uma das figuras mais míticas e emblemáticas da música inglesa. Para isso, conta com o apoio de conhecidos dele, como engenheiros de som e um amigo da faculdade, e principalmente de sua irmã mais velha, a atriz Gabrielle Drake.

A simpatia dela prova ser um recurso de ouro para a produção, lançada em 2002 e realizada pelo diretor holandês Jeroen Berkvens. Gabrielle abre sua intimidade para contar detalhes da infância de Nick, assim como mostrar raridades como uma gravação e um poema de sua mãe, Molly Drake, que ela diz ter grande influência no trabalho do irmão.

O documentário estabelece seu ritmo e sua visualidade a partir do próprio universo do músico, com longos planos de ambientes que eram comuns a ele, criando quadros embalados por suas melodias que acabam por revelar muito sobre sua pessoa e suas composições.

Este abaixo é o melhor link que encontrei para A Skin Too Few, os quase 48 minutos de uma só vez. Se você quer conhecer mais dele antes de assistir ao documentário, separei três canções – uma de cada álbum – para facilitar esse primeiro contato.  Desfrute.

A Skin Too Fee – The Days of Nick Drake

Day is Done, do álbum Five Leaves Left (1969)

Hazey Jane I, do álbum Bryter Later (1970)

Place to Be, do álbum Pink Moon (1972)

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2 Comments on “Os Dias de Nick Drake

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