Muse e as Canções Contra o Sistema
“Sua bunda pertence a mim”. Não, não é música nova do McCatra ou a ressurreição do Furacão 2000. É um trecho da música nova de Muse, Psycho. Exatamente. Muse! Como agora entendemos da onde vem, é hora de analisar um pouco o sentindo da frase. A música é agressiva, mais uma daquelas de Matt Bellamy que critica o sistema (podemos já considerá-lo meio irmão de George Orwell?).
Eu quero aqui fazer uma resenha no geral sobre a música e seu lyric video, já que não é mais novidade que Muse vem com álbum novo e centenas de sites noticiaram a divulgação do vídeo na semana passada. Bom, ao começar por ele, não há uma história específica, é um compilado de imagens com edições perturbadoras, do qual temos um general e um soldado berrando palavras de ordem. O primeiro dá os comandos e o segundo apenas responde (obviamente).
Esta é a primeira mensagem que o trio inglês já quer dar no início, de que estamos vivendo tempos em que somos submissos e aceitamos passivamente a tudo. O interessante é que temos um corpo com uma cabeça mecanizada segurando um bebê já vestido com as roupas do exército, mas esta cabeça vai desaparecendo aos poucos, dando a ideia de que nossa existência e significado somem já na maternidade. Somos frutos do sistema.
E parece estar ficando cada vez mais comum vídeos com letras percorrendo durante a música – assim facilita no aprendizado de guardar a canção e dá mais impacto em certos ápices da música, eu acredito. Em Pschyco, as letras percorrem os rostos dos atores e a banda, amparada por um telão gigante atrás com imagens de guerra. É uma produção bem contemporânea, colorida, marcada de frases impactantes, mas nada de extraordinário, eu diria.
Já a música, ela é mais uma das porradas na cara da sociedade. Literalmente. É bem pesada, bem Muse, bem articulada e sustenta uma letra crítica. Humanos são comparados a drones, aqueles mesmos objetos voadores que são controlados por controles remotos. A ideia é essa. Somos controlados pelo sistema opressor. Particularmente, achei a ideia boa, mas a música, mais do mesmo.
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