Mais Rock, Placebo Incendeia SP com Duas Horas de Show

placebo-sp

(rodrigo capote/uol)

O auge da carreira já passou, a febre pela banda também, mas Placebo ainda arrasta novos, velhos e curiosos fãs. Aquela epidemia pelo grupo de Brian Molko já passou, tanto que no Brasil desta vez foi apenas um show, numa segunda-feira, com ingressos ainda sobrando na bilheteria oficial do Citibank Hall, em São Paulo.

Esta nova era do “do it yourself” e de desafios na indústria fonográfica deu um gás a mais para a banda, que lançou o bom álbum Loud Like Love no YouTube com vários vídeos interativos e legais. Isso trouxe mais fãs, acordou os velhos e colocou os roqueiros “andrógenos” (brincadeira, gente!) nas rádios novamente.

O local estava bem dividido. Ali na Pista Premium, havia os fãs antigos, alguns até já de cabelos brancos, outros executivos de ternos e gravata e outros curiosos que queriam ouvir um rock numa segunda. Na “pistona”, principalmente na grade, uma abarrotada de adolescentes eufóricos, com papeis A4 impressos “We are loud like Love” e chorando a cada nota aguda que saia da garganta de Brian.

O show foi sem frescuras, uma música atrás da outra, sem muita falação com o público – pra quem já conhece Placebo, sabe que isso é normal, afinal, Brian Molko nunca foi conhecido pela simpatia com os fãs -, e um repertório bem variado, para aqueles que só queriam ouvir o disco novo e para aqueles que só queriam ouvir as ótimas velharias.

O trio, originalmente conhecido assim, subiu ao palco com mais três músicos de apoio. Em certas músicas, eram três guitarras e um violino distorcido no ouvido, dando um tom mais “pauleira” ainda. Do começo ao fim, músicas como Twenty Years e a clássica Teenage Angst, lá de 1997, vieram numa paulada só, com uma agressividade sonora bem mais rock do que Placebo já foi (é bom esclarecer que essa sempre foi uma banda bem rock, mas não aquelas que mandam três guitarras distorcidas no seu ouvido de uma vez só).

Duas músicas que emocionaram de cara os fãs das antigas foram Special K e The Bitter End. Elas vieram seguidas e era nítida a comoção. Enfim, esta foi a minha primeira experiência com Placebo ao vivo e posso dizer que saí mais fã do que eu fui um dia com o Sleeping with Ghosts.

Curta mais de Placebo no Música Pavê

Compartilhe!

Shares

Shuffle

Curtiu? Comente!

Comments are closed.

Sobre o site

Feito para quem não se contenta apenas em ouvir a música, mas quer também vê-la, aqui você vai encontrar análises sem preconceitos e com olhar crítico sobre o relacionamento das artes visuais com o mercado fonográfico. Aprenda, informe-se e, principalmente, divirta-se – é pra isso que o Música Pavê existe.