Música Pavê‘Never Say Never’ leva Justin Bieber ao cinema
Chega ao Brasil em 25 de fevereiro o filme Never Say Never, o documentário em 3D sobre Justin Bieber, o maior teen idol do mundo hoje, contando desde sua infância em uma pequena cidade do Canadá até o ápice de sua turnê My World no Madison Square Garden, em Nova York.
A narrativa começa com dois argumentos: Mostrá-lo como um fenômeno da Internet e nos lembrar que ele tem talento para música. Depois desse primeiro ato, a história se concentra nos dez dias antes de sua apresentação na casa de shows mais famosa do mundo em um roteiro linear bastante óbvio, mas que conta com vários momentos engraçadinhos para nos lembrar que este é um documentário feito para (fãs) adolescentes.
Ao invés de uma narração em off ou muitos letreiros explicativos, são os depoimentos que conduzem a história. Sua mãe, avós e, principalmente, sua equipe de turnê acabam sendo co-protagonistas do filme, ainda que Justin seja a força-motora de toda a produção, mesmo quando é seu próprio antagonista por não saber se cuidar, já que – como o filme deixa bem claro – ele é só um garoto de 16 anos.
Em meio a tudo isso, vemos as apresentações ao vivo em 3D – o que de fato é interessante. A câmera do diretor Jon Chu acompanha a grandiosidade do evento com os planos certos para os dançarinos e a chuva de papel picado saltarem da tela em uma imersão na experiência do espetáculo que é a turnê do cantor, muitas vezes roubando a cena da narrativa mesmo para quem não curte as músicas. Já as fãs ficarão ainda mais felizes com seu ídolo estendendo sua mão em direção ao público e todas as vezes que ele olha fixamente para câmera, e seu carisma é mesmo inegável.
E Never Say Never acaba sendo um programa mediano – um adjetivo muito superior aos que público e crítica tem usado para descrever o filme. É claro que ele foi feito para as fãs, que se contentariam com qualquer produção que tivesse Bieber em 3D no cinema, mas não consegue cansar quem cai de pára-quedas numa sala de cinema sem conhecer (ou curtir) muito o trabalho do garoto. Fica a expectativa de novos shows espetaculares no cinema. Os Black Eyed Peas anunciaram há um tempo um projeto assim e não seria surpresa se mais artistas investissem no formato.
Sei que todo esse lance de vídeos na internet tem a ver com a forma em que ele alcançou o sucesso. Mas no fim das contas, ficar mostrando a e musicalidade de quando ele ainda era criança (como na primeira cena do trailer), me soa como uma forma de tentar justificar o excesso de sucesso.
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