JJ Wilde Tem Intensidade em Tudo o que Faz (Também na Música)

Há pouco tempo, JJ Wilde se viu equilibrando três empregos diferentes enquanto seu coração pulsava música. Ela então escreveu 500 músicas (!), jogou tudo para o alto e se arriscou na carreira de artista. Não teria como, portanto, sua música mostrar outra energia que não fosse uma tão vigorosa como sua criadora.

“Confesso que essa análise faz muito sentido”, disse a canadense ao Música Pavê, “sou uma pessoa que sente as coisas com muita intensidade. Comigo, nada é pela metade. Se eu comecei, vou até o fim. Se eu amo alguém, amo completamente. Se estou fazendo um show, quero experimentá-lo por completo. Não é diferente na hora de fazer música”. 

É novidade JJ ter todo o seu tempo dedicado à música, mas ela já é pertencente a esse mundo há uma década. “Tenho a vantagem de surpreender quem me acha uma artista nova”, comenta ela, “isso é algo muito comum na indústria, a ideia de que alguém fez sucesso da noite para o dia – o que nunca é verdade, são sempre anos e anos de trabalho. Eu toco desde os 18 anos, já foi uma jornada e tanto, mas eu gosto do elemento de surpresa, e isso surpreende as pessoas. Acho que outra vantagem que eu tenho é a de já ter feito turnê, em barzinhos onde ninguém estava prestando atenção. Essa experiência forma artistas de ‘casca mais grossa’. Alguns podem estar descobrindo essa realidade agora, mas não é meu primeiro rodeio”.

No estúdio, ela dialoga essa sua experiência com aquela já mencionada intensidade em tudo o que faz. Seu EP Wide Eyes, Steady Hands (2019) teve todas as faixas gravadas por ela e seu produtor no estúdio. “Foi uma experiência nova, porque eu nunca tinha composto bateria, guitarra e baixo”, comenta JJ, “era sempre eu no violão, fazendo os acordes de acordo com o que cantava”.

Seu primeiro álbum, Ruthless (12 de junho), recebeu um processo semelhante. “O diferente foi poder gravar uma música no Canadá com minha banda, não só eu e o produtor”, comenta ela, “e eles me apresentaram seus toques pessoais sobre o que eu tinha escrito. Foi emocionante, foi como ver minha música ganhando vida ali na minha frente”.

Bem humorada e emocionada em sua fala, JJ conta que não vê a hora de voltar para a estrada e fazer shows. “Sinto falta daquela sala cheia de gente suada dançando e bebendo cerveja”, brinca ela, “e eu não vejo a hora de come to Brazil (risos)”.

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