Guia Pavê de Festivais: MITA 2022
Todo festival é uma bela oportunidade de conhecer novas bandas, ou poder ver ao vivo pela primeira vez alguém que você já ouviu falar – isso, é claro, além dos tais headliners – os nomes que ocupam as posições privilegiadas nos cartazes que anunciam a programação do evento.
E mesmo quem não puder comparecer aos shows, pode se aproveitar da curadoria caprichada do festival para acumular novos favoritos. Por isso, o Música Pavê compila dicas do que os eventos ao redor do Brasil oferecem de melhor para além de suas atrações principais.
MITA (Music Is The Answer)
Quando?
14 e 15 de maio (em São Paulo), 21 e 22 de maio (Rio de Janeiro)
Onde?
Spark Arena (SP) e Jockey Club (RJ)
Na Programação:
Gorillaz | Two Door Cinema Club | The Kooks | Gilberto Gil | Liniker | Marina Sena | Jão | Luedji Luna | Black Alien | Letrux | Marcos Valle e +
Ingressos:
Pela plataforma Eventim
Xênia França
Xênia França é potente e doce, ao mesmo tempo. Com um trabalho afrofuturista, a baiana faz um pop com referências na MPB, em um resgate da cultura afro-brasileira. Indicado ao Grammy Latino, o som de Xênia carrega uma história majestosa, mas não perde o caráter intimista. Ao MITA, a artista deve levar hits da carreira, como Pra que Me Cchamas? e apresentar Renascer, música lançada dois dias antes do evento. (Guilherme Gurgel)
Coruja BC1
Dono de três álbuns, o rapper de Osasco (SP) conhece bastante o palco: seu mais recente trabalho, Brasil Futurista, traz um som encorpado e influenciado na estética da música brasileira dos anos setenta. É um encontro da levada (flow) competentíssima com elementos orgânicos de uma banda sem deixar elementos eletrônicos de fora. Certamente um dos mais instigantes talentos do hip hop brasileiro hoje. (Eduardo Yukio Araujo)
Alice Caymmi
Dona de uma poderosa voz, Alice Caymmi convida Maria Luiza Jobim para mostrar que ambas estão longe de viver à sombra de seus sobrenomes. Com a capacidade de reinventar-se a cada lançamento, Alice agora apresenta sua fase de Imaculada, disco lançado em 2021, que traz em cada uma faixa um universo próprio de ritmos e texturas. Trata-se de uma experiência que vai surpreender quem espera mais do mesmo. (Nuno Nunes)
Heavy Baile
O nome já dá o recado: o baile é pesado. Coletivo multimídia de funk, Heavy Baile leva seu espetáculo ao palco do MITA Festival, trazendo uma energia inconfundível para “meter dança” ao som dos “batidões”. Com a proposta de convergir produções musicais, coreográficas e audiovisuais, apresenta seus hits Grelinho de Diamante e Cavalgada, entre outros, que é para não deixar ninguém parado. (Isabela Guiduci)
Tom Misch
Depois de uma mixtape instrumental que fazia até menções à música brasileira, três consistentes e deliciosos álbuns e de fazer uma divertida amizade com o ícone Marcos Valle, finalmente teremos um dos caras mais queridinhos da cena underground inglesa colando em palcos brasileiros. Espera-se: carisma, música boa e uma atmosfera fortemente gostosa pra curtir as boas companhias. (Vítor Henrique Guimarães)
Day
Nos últimos anos temos visto o renascimento de um pop rock repleto de cores nostálgicas, situado em algum lugar próximo à virada do milênio. Entre uma insatisfação punk, uma melancolia emo e um glamour adolescente, uma forma revigorada de pop encontrou seu lugar. A compositora de origem goiana é representante dessa vertente: letras confessionais, pegada rocker e carisma no palco são fórmula para diversão garantida. (Eduardo Yukio Araujo)