Fresno e Scalene – Encontro de Gerações
(foto: Reizera)
Em meio a tantos blocos de rua que celebravam a chegada do carnaval em São Paulo, o domingo (31) reservou um momento para quem gosta de rock. Scalene e Fresno dividiram o palco e o público de um Carioca Club lotado, comprovando mais uma vez que a capital paulista tem espaço para todos.
Foi o encontro de gerações de uma nova safra com uma não tão velha assim do rock brasileiro. E, apesar do tempo que os separam, alguns pontos aproximam Scalene e Fresno: o público e a forma com que ambos trabalham.
Se hoje a banda de Brasília possui contrato com o selo slap e os gaúchos trabalham de maneira independente, os papéis já foram inversos. Contudo, a ordem dos fatores não altera o resultado: uma cena fortalecida. A tal cena – termo tão usado nos dias de hoje – só se faz presente pelo papel que cada um faz, individualmente e coletivamente.
A relação das bandas e do público é muito próxima, assim como a de um grupo com o outro. E aqui não digo apenas dos dois protagonistas da noite – Supercombo, Far From Alaska, Medulla, Inky e Versalle estavam por lá prestigiando o evento, por exemplo. A relação é horizontal, o que torna o fato de atingirem o mesmo público uma consequência. Assim está formada uma cena.
No palco, Scalene e Fresno não possuem a mesma sonoridade – embora tenham alguns aspectos similares. Entretanto, ambas pareciam buscar a mesma coisa, a mesma voz que, por muitas vezes, ecoou como uma só no Carioca Club, entoando músicas de um ou dez anos atrás.
Portanto, se você gosta de rock, este é um dos melhores momentos para sair de casa e ir ver um show ao vivo.
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