Faixa a Faixa: “Vista pro Mar”, de SILVA

silva

Já faz quase três anos que prestamos atenção em tudo o que SILVA lança (pode perguntar pra ele, fomos um dos primeiros veículos que publicaram sobre sua música, isso em 2011!), e é claro que a notícia que Vista pro Mar sairia em 17 de março veio com muita ansiedade por praticamente toda nossa equipe.

Não teve ninguém que discordasse: Precisávamos contar pra todos sobre o segundo álbum do capixaba e a melhor maneira que temos de fazer isso é reunir os pavezeiros e comentar o disco faixa a faixa. E isso só aumenta ainda mais nossa ansiedade para vê-lo no primeiro dia do Lollapalooza Brasil 2014.

Cada um escuta, sente e pensa de um jeito diferente, então você vai se identificar mais com alguns comentários do que com outros – e a intenção é justamente essa, que você curta do seu jeito e se deixe levar pelo pop romântico e bem feito de Lucio Souza, assim como nós fizemos.

Sem saber o que o outro estava escrevendo, alguns temas se repetem: o mar, a vontade de dançar e lembranças boas de se apaixonar se repetem algumas vezes enquanto ouvimos Vista pro Mar. O que todos tem em comum também é ter amado o disco, na certeza que ele não vai sair de nossos fones de ouvido tão cedo.

Dê o play e mergulhe com a gente!

1.Vista pro Mar

Quem já sentou na beira­mar com os pés na água sabe como é preciso enxergar o horizonte para ter coragem de insistir e enfrentar a vida. Vista pro Mar é uma linda abertura que contém uma mensagem muito forte de seguir adiante e reagir às adversidades. Se SILVA fundasse uma religião hoje com essa ideia de esperança, a gente seguiria. (por Mariana Martins)

2. É Preciso Dizer

O som das gaivotas se mistura com o do mar logo no início da canção, o que propositalmente cria ao ouvinte uma paisagem sonora de calmaria, de paz e, consequentemente, de afeto. Afeto esse que, acompanhado de belos acordes sintetizados criados com maestria por SILVA, toma forma em uma bela poesia musicada sobre o amor e suas características mais particulares, profundas e que indubitavelmente nos fazem bem e nos provocam a sensação vibrante da felicidade. E, pensando nisso, por que não externalizar todos estes sentimentos? Afinal, é preciso dizer sobre essa coisa que nos atropela dentro do peito. (por Matheus Pinheiro)

3. Janeiro

Janeiro é sempre um recomeço, uma atitude. Nome muito bem escolhido para uma música que tanto puxa a gente pra fora, numa vibe fun, leve, pró. Não que não deixe à vista um “dezembro” em meio às palavras, mas a intenção aqui é ir pra frente. (por Anna Rinaldi)

4. Entardecer

O clima nostálgico de SILVA nos leva durante boa parte da música. Traz a sensação daquele pôr do sol em um praia qualquer, com um amor de verão que foi bom porque não durou mais de dois dias. Quando nos acostumamos com o clima que a canção traz, ela muda e o som, ainda mais “praieiro”, nos faz curtir o resto da noite nessa mesma praia. (por Marcel Marques)

5. Okinawa (com Fernanda Takai)

É uma canção muito interessante esteticamente,com uma regularidade vocal e uma linearidade impressionante. As vozes de SILVA e da Fernanda Takai casaram muito bem e, quando isso acontece, tudo ganha ainda mais valor. É a minha canção favorita do álbum Vista pro Mar. Não vejo a horado clipe sair. (por Guilherme Canedo)

6. Disco Novo

É fácil se prender às músicas que sempre ouviu, tanto quanto se acostumar com seus traumas e inseguranças. Estar disposto a ouvir um álbum inédito é uma boa metáfora para se permitir amar de novo, mesmo depois de tantos tombos e hematomas. E, sim, sempre vale a pena – ainda mais quando essa mensagem vem com uma música dançante com uma melodia pra lá de agradável. “Vamos, vem ouvir”. (por André Felipe de Medeiros)

7. Universo

Acho que, pra mim, o disco se resume a essa faixa. Uma canção que mostra o amadurecimento de SILVA, na qual ele mostra que sabe o que está fazendo. As batidas, a letra, e voz dele estão em perfeita harmonia, dando resultado a uma música mais viva e dançante, sem deixar o lado romântico de lado. Uma ótima faixa para se ouvir olhando o mar, como sugere o nome do álbum. (por Gui Moraes)

8. Volta

A música é bem simples e, ao mesmo tempo, linda. Uma canção de amor sincera que te faz querer sair dançando lentamente por aí. A letra te cativa (“O sol se põe, não se esconde, só retorna ao seu lugar”) e a batida acaba me lembrando algo indiano… O que só reforça a vontade de se mexer! (por Carolina Reis)

9. Ainda

A faixa mais intimista do álbum é uma das mais bonitas também, já que contém nela toda singeleza de um amor cantado baixinho, se misturando com o barulho do longe, que vai desaparecendo ao som do violão, por sua vez crescendo e se declarando. Música boa é assim, ela é criada por alguém, porém, após a criação e o compartilhamento, a sua melodia pode literalmente criar asas e buscar suas diversas possibilidades. (por Rômulo Mendes)

10. Capuba

SILVA conseguiu seguir lindamente a proposta do álbum: te levar para ver o mar, seja na beira da areia, no sentimento ou no pensamento que voa longe quando escutamos Capuba. Os grandes culpados: arranjos que dançam na música e um vai-e-vai super romântico e cheio de malemolência. Me fez lembrar de amores passageiros de verão que, por sua vez, deixaram de ser tão passageiros quanto deveriam, já que sempre retornávamos à beira do mar para sentir a brisa batendo no rosto, o gosto salgado, viajar nas estrelas e relembrar de uma vez que o tempo simplesmente deixou de existir.  Ficou na memória, ficou no coração, ficou no mar de Capuba. (por Soraia Vieira)

11. Maré

Os acordes animados pelo teclado no comecinho da canção, fazem a última música do álbum perder a cara de encerramento. São várias nuances sonoras, de tempos e texturas, criando uma atmosfera deliciosa e ascendente, que deixam a música caminhar sozinha até acabar. Ao invés de fazer o sol se pôr, SILVA faz é a lua subir, como um passeio noturno acelerado pela orla, na brisa gelada que entra pelas janelas do carro. Até que tudo fica calmo e tranquilo e é aí que você não sabe onde isso vai parar. Assim você talvez deixe o disco começar a tocar de novo. (por Cristiano Hackl)

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