Faixa a Faixa: Tiago Iorc – “Troco Likes”
Entre a crítica social e a paixão latente, chega o quarto álbum de Tiago Iorc: Troco Likes.
Diante de suas dez músicas oficiais (e uma bônus), o pessoal do Música Pavê percebeu que havia muito a ser percebido na obra e, para ajudar o ouvinte a pensar sobre elas, teceu comentários Faixa a Faixa do disco.
1. Alexandria
“Gente demais, com tempo demais, falando demais, alto demais.” O refrão enfático e crítico da primeira canção de Troco Likes, já abre as cortinas de um disco que discorre muito sobre a arena de batalha em que se transformaram as nossas redes sociais. Discursos de ódio, opiniões sem fundamento e a falsa ideia de liberdade de expressão que muitos acham que têm, colocando a boca no trombone, é uma constante no mundo online. Pra quem sempre perde a chance de ficar calado, aqui está uma canção perfeita pra refletir sobre esse falatório desconexo e agressivo no qual estamos habituados, e que, a maioria, infelizmente já legitimou como algo incrível e necessário. (Matheus Pinheiro)
2. Amei Te Ver
Açucaradamente romântica, Amei Te Ver é uma das canções mais apaixonadas do disco. Impondo um ritmo mais leve após a crítica da primeira faixa, a segunda canção da obra de Iorc descreve com sinestésica precisão o começo de um relacionamento amoroso: cheio de cores, cheiros e sensações. Mergulhados em um balde de ansiedade líquida, aqueles que se afogam nessa aventura levam consigo até a vontade de arrastar com o dedo os ponteiros do relógio, só pra fazer o tempo correr mais rápido e aterrisar em cada novo encontro programado. (Matheus Pinheiro)
3. Mil Razões
Mil Razões tem o espírito, a levada e a simpatia de Tiago Iorc. É uma canção doce que fala sobre amor, uma declaração apaixonada para alguém que parece estar longe. Tem muita fofura nesses acordes. (Guilherme Canedo)
4. Eu Errei
Todo tempo do mundo não é o suficiente para estar com quem se ama (ou, como diria Vanguart, “uma vida é pouca pra gente ser feliz”), então por que desperdiçar a oportunidade de estar junto agora? Uma das canções que mais chamam atenção na obra, Eu Errei coloca o violão em primeiro plano antes do volume grave que acompanha o clima ora lamentoso, ora sonhador do arranjo. (André Felipe de Medeiros)
5. De Todas as Coisas
Nossa geração demorou um pouco pra entender que quase nada é tão agradável quanto aquele pop FM que crescemos ouvindo. O refrão de De Todas as Coisas vem para lembrar disso, com letras simples e uma levada que embala qualquer romance, sonho ou ideia de bailinho com clima de nostalgia e sorrisos sinceros. Delicinha instantânea. (André Felipe de Medeiros)
6. Coisa Linda
Alegre e descontraída, Coisa Linda é uma música contínua com pegada folk que conquista logo de cara com seu violão dedilhado, enquanto Tiago enumera comparações entre outras belezas. (Marcel Marques)
7. Bossa
“Atenção, as pessoas não precisam ser iguais as outras” – Vou publicar essa frase no meu Instagram. Tiago Iorc tem toda razão quando começa sua música dessa forma, pois, por mais que tenhamos gostos parecidos, somos únicos no mundo. (Guilherme Canedo)
8. Cataflor
Uma daquelas música românticas, bem apaixonadas, com refrão bonito e pegajoso e uns violinos de fundo. A bateria bem marcada, que entra no segundo verso, dá um ar anos oitenta para a faixa. (Marcel Marques)
9. Liberdade ou Solidão
É uma canção excelente para aprender tocar no violão – Eu já aprendi. Ela trata de algo um tanto clichê, relacionado à liberdade, essa tal liberdade de filmes hollywoodianos. Há uma grande diferença entre liberdade e solidão e é isso que Tiago Iorc tenta nos alertar. Quando aquela pessoa que você gosta começar com papo de liberdade, toca essa música no violão. (Guilherme Canedo)
10. Sol que Faltava
Com ritmo de amor de verão, perfeito, mas que não dura o suficiente pra revelar defeitos, assim é o “instagramear” cantado por Iorc. Sol Que Me Faltava nos convida a ir pra frente das câmeras e viver. A começar por essa faixa, que é sublime! (Anna Rinaldi)
11. Till I’m Old and Gray (bônus)
A faixa que o ouvinte ganha de presente em Troco Likes possui algum resquício de Zeski, embora tenha a mesma vibe de todas essas. Isso não só por ele cantar em inglês, mas pelo clima esperançoso e sonhador, ainda que de pés no chão, sobre envelhecer ao lado de alguém. Parece também uma resposta natural a Eu Errei, ao mesmo tempo ajuda a dar ainda mais coesão ao álbum inserido na discografia de Iorc. (André Felipe de Medeiros)
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