Faixa a Faixa: Boogarins – “Manual”

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Boogarins conquistou espaço de “favorita” entre boa parte da equipe Música Pavê (e de muitos leitores) rapidamente, o que faz com que seu segundo álbum, Manual ou Guia Livre de Dissolução dos Sonhos, seja digno de grande atenção por aqui.

Melhor ainda foi dar o play e perceber que, acima de favoritismos, o disco mereceria todo espaço possível no site, tamanha sua qualidade. Eis o que alguns dos pavezeiros tem a dizer sobre ele.

1. Truques

“43 segundos de uma introdução que coloca o ouvinte no clima certo para começar ManualTruques dá o tom certo para as próximas músicas em um clima tranquilo, ainda que dinâmico” (André Felipe de Medeiros)

2. Avalanche

Avalanche talvez seja uma das músicas que definem a cara da banda, não à toa foi a primeira música lançada do novo álbum. A psicodelia da música não contrasta com o um certo lado pop que a faixa tem. Apesar da letra simples, os elementos instrumentais possuem a cadência e o momento certo para serem inseridos, o que faz o resultado final ser viciante” (William Nunes)

3. Tempo

Tempo é uma escolha ousada para o começo de Manual, mas tal ousadia se justifica: ela é uma das canções mais interessantes do disco e funciona bem como segundo cartão de visitas depois da pancada inicial de Avalanche. As pausas forçam o ouvinte a entrar no ritmo desprendido de Boogarins e evocam ao mesmo tempo uma tranquilidade e um desejo para que tudo exploda de repente. O crescendo da música chega equilibrado e elegante e o fim abrupto é uma deixa ótima para a grudenta 6000 Dias” (Luis Gustavo Coutinho)

4. 6000 Dias (ou Mantra dos Vinte Anos)

“Sabe aquela música que você quer colocar no modo repeat pra escutar sem parar? Essa é 6000 Dias. O curioso aqui é que a própria música já é um modo repeat em si. O verso-refrão (difícil identificar a estrutura da faixa) é tocado várias vezes até que um solo de guitarra entra pra explodir a cabeça de quem está ouvindo. Como um mantra mesmo, a música foi feita para ser escutada várias e várias vezes. A experiência é incrível” (William Nunes)

5. Mario de Andrade/Selvagem

“Trilha ideal para dar tom apocalítico a finais de seriados dramáticos, Mario de Andrade é uma daquelas produções que aparecem constantemente no player do celular. A “mudança” para Selvagem soa despretensiosa aos ouvidos em uma primeira impressão, porém o casamento se faz perfeito pelo encaixe das letras, que conversam (e muito) entre si. Musicalmente falando, toda a sonoridade de Mário de Andrade/Selvagem funciona e faz da faixa uma das melhores do álbum Manual” (Gabriel Peixoto)

6. Falsa Folha de Rosto

“Em Falsa Folha de Rosto, tudo se mistura sem ver. Uma pegada bem viajante para notas que se revelam certas. Gosto da música começando só com a bateria, quando entra o baixo e quando todas as cores se combinam. Não há nada que não me agrade. É a minha música preferida de Manual”  (Guilherme Canedo)

7. Benzin

“A canção encaixa-se perfeitamente com a música anterior. Com um ritmo calmo e voz suave, traz uma letra bem pessoal. Parece uma guerra de sentimentos, na qual a pessoa não sabe se gostaria de partir ou continuar na mesma vida que leva. Podemos sentir que ama onde está, mas, ao mesmo tempo, o sangue ferve por novas conquistas e sonhos. O que mais chama atenção é o som do mar ao final da música, como se todos estes pensamentos foram refletidos sentado na praia, buscando as respostas nas ondas que batem na areia” (Carolina Reis)

8. San Lorenzo

“A peça instrumental San Lorenzo é uma das menores músicas do disco e cumpre bem sua função de construir a atmosfera vespertina das músicas de Boogarins. Você não precisa saber que tem uma praia nas Astúrias chamada San Lorenzo, mas o fim da música deixa claro que seu objetivo era emular uma paisagem costeira. O movimento é um pouco desnecessário: sem esses sons, San Lorenzo podia ser qualquer lugar hipotético e ensolarado pra se ouvir a música da banda” (Luis Gustavo Coutinho)

9. Cuerdo

“Essa me lembra As Plantas que Curam, por algum motivo. Talvez pela maneira um tanto tímida em relação às outras do novo disco, ou das notas prolongadas no vocal. Aqui, funciona como um respiro na narrativa, um alívio para tanta energia presente ao longo do álbum” (André Felipe de Medeiros)

10. Sei Lá

Sei lá se arrasta sem dono. Deixa-se levar e nos leva junto. É tão solta, que deixa livre a interpretação do que é voz, guitarra, backing vocal, nos confundindo em uma viagem leve” (Anna Rinaldi)

11. Auchma

“A música chega para reafirmar uma nova identidade de Boogarins, revelada ao longo do álbum. As duas frases que compõem a letra, somadas ao instrumental enternecedor, fazem sentido quando comparadas às das outras faixas e são únicas, recortando o contexto. Auchma é, sem dúvida, um final que vale a pena” (Gabriel Peixoto)

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