Entrevista – Katia Dotto

Dona de voz suave e musicalidade que combina MPB com folk, Katia Dotto acabou de gravar seu novo clipe, Cinco Cores, que será lançado em fevereiro. Conversamos com ela sobre fazer videoclipes, a arte do álbum Amabile, feita pela artista Juliana Russo, e a cor vermelha. Confira a entrevista e assista ao vídeo de São Francisco.

Música Pavê: Como foi fazer São Francisco? Você participou nas escolhas de conceito, roteiro, etc?

Katia Dotto: Foi bem descontraído e todo o conceito foi pensado junto. Como a música fala de uma história de amor entre duas pessoas que estão uma em SF e outra em Salvador, aproveitamos as imagens da cidade de São Francisco que minha grande amiga e diretora Ana Cecilia já tinha para montarmos o roteiro. E como estaríamos coincidentemente na mesma época em Salvador, fizemos as imagens complementares. Os trechos ao vivo foram recolhidos no show de lançamento do CD Amabile, em setembro de 2009, no Rio.

MP: No que esse clipe difere do próximo, Cinco Cores?

Katia: Em tudo. No clipe de São Francisco, pensamos em algo intimista, despretensioso. Em Cinco Cores, abusamos de todos os recursos possíveis. Contamos com excelentes pessoas, incluindo produção, direção, maquiador, figurinista, direção de arte. Profissionais incríveis que deram um ar inovador ao vídeo. Também convidamos algumas personalidades e vamos usar de alguns recursos de computação gráfica.

MP: Como vocês trabalharam a referência a Arthur Bispo do Rosário no vídeo?

Katia:Como nem todas todas as pessoas sabem que a música foi inspirada na vida dele, preferimos usar uma referência menos direta, menos datada. Com isso, sua figura aparece sutilmente, interpretado por André Gabeh.

MP: Você gosta de fazer clipes?

Katia: Adoro! Mesmo sendo bem cansativo.

MP: Por que para você é importante usar o vídeo para divulgação?

Katia: Para a minha geração a música sempre teve uma referência visual. Com o clipe, damos ‘cara à voz’. Assim, acho que me acostumei a usar o recurso vídeo, especialmente, porque faço uma música pop. Além disso, o vídeo sempre aproxima o público do cantor.

MP: E para a capa do Amabile, quais eram suas idéias?

Katia: Conheci o trabalho da Juliana Russo e me encantou a técnica que ela estava usando de colagem e desenho. Assim, decidi que a queria no projeto! Mandei algumas fotos para ela ver o conceito do material e muita liberdade. Assim, Juliana criou todo aquele belíssimo cenário.

MP: Seu site oficial e fotos de divulgação usam bastante o vermelho. Como tem sido trabalhar com a cor tão forte esse seu som marcado pela voz suave? Você acha que o vermelho pode revelar aspectos e nuances que não são percebidos tão facilmente?

Katia: Curioso que escolhi o vermelho mesmo antes de pensar no conceito disco. Coincidentemente, a palavra Amabile, título deste disco, me remete ao vermelho, que remete ao amor, acolhimento! O amor sempre foi um tema recorrente nas minhas canções. E o vermelho é símbolo disso. Acho que o vermelho deu um tom de acolhimento à minha voz que é mais suave, equilibrando a toda a obra.

São Francisco

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