Entrevista: CW7
Bem na semana que falamos sobre a banda curitibana CW7 e a cover da Adele que eles fizeram, tivemos a oportunidade de conversar com a vocalista Mia Wicthoff sobre sua carreira ainda recente, mas que caminha a passos largos. Prova disso foi o prêmio de “Hit do Ano” conquistado na última edição do VMB. Dando continuação à divulgação de seu novo disco homônimo, a música Tudo que Eu Sinto está sendo lançada nas rádios e promete manter a banda no topo da cadeia alimentar do pop rock brasileiro. Em nosso bate-papo, falamos de seus dois clipes já lançados (Será Você e Me Acorde pra Vida), os vampiros da saga Crepúsculo e a dificuldade de trabalhar sob tantos rótulos.
Música Pavê: Vocês tem até agora dois clipes lançados. Qual foi o envolvimento de vocês na produção deles?
Mia Wicthoff: O primeiro clipe, Será Você, foi feito de forma independende. Eu mesma tive a idéia do roteiro e a gente chamou uma produtora para fazer. Decidimos também participar do clipe como atores, usando um visual totalmente diferente. Eu, por exemplo, usei uma peruca com o cabelo mais curto e tal, foi um clipe bem divertido!
MP: Em Me Acorde Pra Vida, a história brinca com o mito dos vampiros. Esse é um tema que vocês já curtiam antes ou optaram por usá-lo porque é algo que está bem presente no mundo pop hoje?
Mia: Chegamos no assunto “vampiro” nos baseando na letra da música, mas as séries e filmes de hoje sobre vampiros também inspiraram a gente. Eu, particularmente, sou muito fã da saga Crepúsculo, então uma coisa ligou a outra e aí decidimos fazer assim.
MP: E como foi a experiência de interpretar os vampiros no clipe, com todo aquele figurino, em papéis tão diferentes do em Será Você?
Mia: Foi mega legal! Adorei as roupas e a história! Foram 12 horas de gravação sem parar durante toda a madrugada. Eu cheguei a usar uma lente branca em uma cena também hehe teve até um fã nosso mais novinho que chegou a perguntar se a gente era vampiro mesmo (risos).
MP: O visual mais colorido do segundo clipe (ainda que bem divertido) é bem diferente das cores do parque-de-diversões do primeiro. Como é poder ilustrar o som de vocês com universos tão diferentes assim?
Mia: Na verdade houve esta diferença por causa do contexto de cada clipe e da história das letras, mas não sobre o som, até porque essas duas musicas são do mesmo disco.
MP: Em um mercado tão múltiplo, no qual as pessoas estão sempre tentando rotular os artistas em uma só coisa ou outra, como vocês enxergam essas tags que colocam em vocês e como vocês mesmos definem o seu som?
Mia: Não gostamos muito dessa ideia de rotular som ou estilo, mas quando as pessoas usam essas tags com a gente, não nos importamos muito. O nosso som é pop rock, mas uma vez uma fã definiu muito melhor que isso (risos) ela falou: “Vocês são mto pop pra ser rock e muito rock pra ser pop” (risos).
MP: Ainda é muito recente, mas de que maneira vocês acham que o título de “Hit do Ano” no VMB 2011 marca a carreira da banda?
Mia: Este prêmio no VMB foi um presente que os fãs deram para nós! Ficamos extremamente felizes e orgulhosos dos nossos fãs e fã-clubes e já começou a mudar muita coisa na nossa carreira depois da premiação. A MTV abriu as portas para nós no começo da nossa carreira e agora mais ainda!
MP: E, falando nisso, quais são pra vocês os aspectos mais positivos e os mais negativos de trabalhar com música em um cenário como o mercado fonográfico do Brasil hoje?
Mia: O mercado da música no Brasil, pra quem faz rock, está um pouco complicado, mas acredito que isso é algo passageiro. Quanto mais as bandas se unirem, mais fácil fica para todos.
MP: Pra terminar, e Tudo que Eu Sinto, vai ganhar clipe? O que a gente já pode saber sobre a produção?
Mia: Acabamos de mudar a música, então antes de tudo, ela vai estrear nas rádios por enquanto, mas acredito que em breve vai rolar um clipe também, mas é surpresa (risos). Fiquem ligados que já já tem novidade!
Foto de Gabriel Wickbold
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