Emicida: Entrevista + Faixa a Faixa “AmarElo”

foto por Julia Rodrigues

Não é à toa que Emicida é um dos nomes mais frequentes por aqui nestes nove anos de Música Pavê. Munido de conceitos sempre relevantes, musicalidade inspirada e poesia afi(n)ada, o rapper paulistano tem construído um caminho que mostra que seu talento e sua força como artista vão para além da obra, encontrando sua função no terreno da comunicação.

Não digo isso por ele estar na televisão, por exemplo. É que um álbum como AmarElo encontra maneiras muito diversas de passar sua mensagem, de modo com que mesmo uma audição superficial já traga muito ao ouvinte desatento. E se você quiser mergulhar nos significados, elementos e nuances presentes nas várias camadas da obra, poderá visitá-la de tempos em tempos e voltar para a realidade com uma nova ideia presente em seus versos, entrelinhas e interpretações.

Na sede da Laboratório Fantasma, na Zona Norte de São Paulo, Emicida recebeu o site para um papo sobre o álbum – que mostra um Leandro vulnerável, mais maduro (“é a velhice como estado de espírito, não é uma parada do corpo”, como ele brinca) e totalmente coerente com todo o trabalho que já fez até hoje.

Na sequência, os pavezeiros comentaram um pouco de AmarElo para contribuir ao nosso modo com a experiência de viajar pela obra. Nossa conclusão? É certamente o melhor trabalho de Emicida até hoje, surpreendendo até mesmo quem é fã de sua música há mais de uma década. 

Música Pavê: Quando Sobre Crianças… saiu em 2015, você me disse que ele começava com Mãe “pra pessoa baixar a guarda”. Agora, quando dei play em AmarElo, acho que chorei mais ainda com Principia do que em Mãe.

Emicida: Cê falou assim “filho da puta, ele gosta de fazer isso” (risos) Que louco ouvir isso de você, mano. A gente que trabalha com música vai ficando com o coração endurecido – você ouve tanta coisa e não consegue mais se emocionar com música. Eu tenho essa parada também de escutar um disco e chorar, e falar “como esse maluco fez isso? Por que ele fez isso?”. No disco anterior, ele tinha isso da maternidade, uma metáfora para o continente africano. E agora, eu acho que Principia bate da forma que bate porque a gente tá vivendo um tempo de muita descrença. Então, é abrir uma janela para iluminar uma nova possibilidade. Um disco do Emicida não é só sobre o Emicida, ele representa um monte de coisa. No meio de tanto desespero, desencontro, frustração – principalmente com a política, e isso acaba influenciando todas as camadas -, eu acho que o que Principia faz é abrir essa janela de acreditar numa parada de novo, e com base em uma coisa muito simples: A conexão você com uma outra pessoa. Ela é seu igual, o seu espelho, o seu reflexo. Eu acredito que ela é a melhor síntese da ideia do disco inteiro.

MP: Ia comentar isso, que ela tem uma função narrativa muito forte de estabelecer o que vem a partir dela.

Emicida: É, eu sempre visualizo o disco como se ele fosse um filme. Pra mim, Principia é o sonho do nosso protagonista. Ele tá dormindo depois de um dia cansativo, em que ele tretou pra caralho na rua, no trabalho. Ele tá sonhando com um dia em que as pessoas vão perceber que a única coisa que a gente tem é uns aos outros, e a gente precisa encontrar um jeito de se tratar como irmão. E aí ele acorda para o trabalho refletindo ainda sobre as palavras do pastor. Por isso que ela começa de uma forma tão etérea até entrar o coral, com força, para passar essa ideia de que a gente precisa se comunicar como ser humano. Esse cara acorda na A Ordem Natural das Coisas.

MP: Agora que você fala isso, dá mesmo para notar como a segunda faixa começa despertando do sonho.

Emicida: Eu sempre fui apaixonado pela madrugada, principalmente pela aurora, que sempre me inspirou muito. Imagina que esse nosso personagem levanta, abre a janela, o céu tá começando a ficar azul e ele fica observando como a vida já está acontecendo. Aí ele começa a pensar no que é realmente importante na existência, durante esse levantar do sol. Antes dele chegar, as tiazinhas já estão indo cortar a cidade pra ir trabalhar. Ele fica emocionado com a grandeza daquilo ali, saca? Quando eu comecei a compor esse disco, tive a sorte de ir ao Japão e conheci o Studio Ghibli, do Hayao Miyazaki. Ver todo seu processo de criação me fez pensar algo que eu queria ter muito dentro do disco. Você já percebeu que, nos filmes dele, tudo tem vida? Até as coisas mais sutis: As plantinhas estão se mexendo, o pêlo do rabo do gato está dançando na mesma direção do vento, o detalhe do fio de cabelo balançando, tudo tem movimento, tudo tem vida. E eu queria muito criar uma experiência com poesia, junto da harmonia e do ritmo que fizesse tudo ter vida. Se você escutar o disco de olhos fechados, desconsiderando a letra, vai ver que ele é cheio de sutilezas.

MP: Eu anotei exatamente isso para falar com você: Sempre tem uma surpresa nova, mais alguma coisa que você não percebeu na primeira audição. 

Emicida: Isso é culpa do Miyazaki. Eu fiquei tentando copiar ele, mas, como não sei fazer desenho, resolvi fazer no rap (risos).

MP: Uma leitura que eu tive sobre AmarElo foi de ser uma obra de várias subversões. A primeira delas é na ordem das músicas, que vai de encontro com o que estamos acostumados, de dar o play e ouvir primeiro os hits. Você fez o oposto, deixou as músicas conhecidas por último. 

Emicida: O padrão de apresentação de música da indústria não me contempla. Imagina você ver dez minutos aleatórios de um filme antes dele sair. Eu não consigo entender isso de ter só um fragmento da obra. Pra eu extrair três singles separados, foi uma luta. Eu não gosto nem do termo “música de trabalho” – todas deu trabalho (risos). Nenhuma delas é de férias, até Silêncio deu trampo (risos).

MP: E essa é, talvez, a maior subversão de todo o disco. Uma coisa é música sem ritmo, ou sem harmonia, mas o silêncio parece ser o oposto da música.

Emicida: Na verdade não, aí é que tá a brisa. Música é barulho (notas) e silêncio intercalado: Pausa, som, pausa, som. A gente organiza isso de um jeito que conversa com o seu emocional e você fala “isso é música”, tá ligado? Aí tem o maestro John Cage, que faz o que eles chamam de happening, em que a música em si não interessa. Ela é supérflua, o interessante é como a plateia reage àquela experiência. Silêncio tem a mesma intenção. A parada ali não é essa coisa ansiosa de “que o Emicida vai falar? Que tipo de arranjo vai vir?”. Eu fico ouvindo aquela frequência ali, ela tá em um lá – um si meio lá -, e fico me fazendo um monte de pergunta. Aí eu vou vendo o quanto eu sou ansioso, querendo saber o que vai acontecer. E o que vai acontecer é que eu vou ficar calmo. Essa é a brisa.

MP: Sim, eu acho mais interessante como hoje existe um senso de urgência muito grande pra acabar com nosso senso de urgência.

Emicida: (risos) O que eu acho mais perigoso nessa sensação de que tudo é para ontem é que a gente super cultua o agora. É lógico que é importante focar no agora, porque a gente não consegue existir em outro momento senão nele. O perigoso é a gente tratar o agora como se fosse a única coisa que a gente tem. De alguma maneira, isso interfere na nossa capacidade de sonhar coletivamente – seja no campo do trabalho via sindicato, ou em movimentos sociais. A nossa cultura da individualidade vai subindo no pedestal e vira aquilo que a gente tem que endeusar. As pessoas só se importam com o que a gente tem nesse momento porque elas já se desconciliaram completamente desse sonho que faz com que a gente construa o nosso futuro. A gente só se interessa no que tá acontecendo aqui e agora, nesse monte de informação que tem tanta coisa acontecendo que a gente nem consegue segurar uma. E em nenhum outro momento da história da raça humana, o sonho foi tão insignificante. Dois caras foram fundamentais nessa reflexão. Primeiro, tem o Luiz Antônio Simas. Eu li o Pedrinhas Miudinhas dele, em que ele fala muito do imaginário cultural, folclórico e religioso dele, um cara que viveu no meio de um monte de terreiro, macumba e boteco cheio de comentarista de futebol. E assim ele vai desdobrando a análise dele sobre a vida social do Rio de Janeiro e, por consequência, do Brasil. Ele me fez refletir muito sobre essa questão do sonho coletivo e como isso tá atrelado à nossa religiosidade. Então, por exemplo, no momento em que a gente sufoca nossas religiões de matrizes africanas, a gente tá sufocando nosso sonho. Aí volta pra Principia, respingou lá essas ideias. O outro é um francês chamado Philippe Descola. Ele tem um livro dessa finura assim, você lê em uma tarde, que chama Outras Naturezas, Outras Culturas. Ele traça um paralelo entre várias sociedades, uma da França, outra da Amazônia, daí ele salta para os aborígenes lá na Austrália e ele mostra como o que para você é deus, certo, família, religião, sociedade, em cinco mil quilômetros não significa porra nenhuma. Eu fiquei viajando nisso porque essa tribo da Amazônia que ele se refere organizava parte da agricultura com base nos esclarecimentos que as pessoas recebiam nos sonhos. É doideira, mano. E o sonho é tratado hoje como uma coisa infantil, como se tivesse um prazo de validade e, depois dos 17 anos, você não pode sonhar mais, você é só uma engrenagem. Isso adoece todo mundo.

MP: Quanto ao vídeo de Silêncio, ele faz muito sentido ser um vídeo do Emicida, já que mostra pessoas muito diferentes, mas também retratando todos da mesma forma. Como se as vidas fossem muito diferentes, mas o ser humano é essencialmente o mesmo. Daí o ubuntu.

Emicida: São camadas, mano. Principalmente depois do que a gente viveu na África. Aquilo ali aumentou a complexidade da coisa em dez vezes. Eu fui achando que ia encontrar uma solução e voltei mais cheio de dúvidas (risos). Porque quanto menos informação você tem, mais você se apega às respostas simples – que não raramente estão erradas, porque a vida é muito complexa (risos). A minha viagem pós-África é que eu comecei a refletir sobre a realidade desse país. A formação, consciência, religião. Por que a gente nunca teve um projeto de nação mesmo, que incluiu as pessoas, que nos fizesse falar “mano, isso aqui é a alma do Brasil”? Por isso eu fico louco com um cara que nem o Simas, porque ele parte de um lugar fundamental e completamente distante dos espaços de poder: A calçada suja, a rua, os botecos. E o ponto de vista dele enriquece os de todos nós. Porque quando ele fala como a benzedeira se comportava na realidade dele, você vai procurar automaticamente o que é o equivalente daquilo na sua experiência de vida. Então, ubuntu é na verdade um “tamo junto” muito profundo (risos). Não é? A palavra é bonita, tem um conceito africano por trás, mas ela quer dizer que se tá difícil para você, eu tô sentindo que pra mim também. Ou eu sinto a sua felicidade e fico feliz por ela. 

MP: Com isso tudo, AmarElo traz o que eu vejo como uma grande humanização da figura Emicida, alguém cada vez mais conhecido, que tá na televisão. É uma subversão da ideia de que uma pessoa nesse nível de sucesso é menos humana, ou mais distante. Temos você brincando com o bebê, você tá afetuoso, vulnerável e mais próximo.

Emicida: Não gosto de dizer que eu sou famoso, prefiro dizer que sou reconhecido pelo meu trabalho (risos), porque a fama, a celebridade… Muitas vezes essas palavras são atreladas a pessoas que não têm uma produção célebre, algo que a gente celebre. Acho desrespeitoso com o que eu faço achar que o ápice é a fama. Porque ela pressupõe que a minha busca é pautada pela indústria. E, embora eu me relacione e jogue dentro desse espaço – e jogue bem, inclusive, que é o que me trouxe até aqui com a liberdade que eu tenho -, o que me motiva é sempre refletir a música enquanto cultura, enquanto plataforma onde eu consiga captar o espírito do tempo que eu tô vivendo. Talvez por isso a gente tenha tantas diferenças, embora a gente encontre semelhanças, com essa formação artística que eu venho fazendo. Um parceiro meu falou que é muito louco como na introdução do Doozicabraba a gente começa pedindo silêncio. Eu não lembrava disso! (risos) Começa com um monte de barulho, gente gritando, até acabar com uma treta em casa. Era a fama devorando você e acabando com a liberdade que você tinha. Aí termina com um xiu, e aí começa o disco. Esse sonho de ter um ambiente de paz, uma coisa de humanidade… a Linn da Quebrada falou essa parada e isso ficou muito em mim, que a gente parte de um lugar de sub-humanidade, a gente é tratado na maior parte da nossa vida como sub-humano por causa da nossa origem. De repente, por causa do entretenimento, o mercado vai lidando com a nossa origem e a gente é colocado em um lugar de super-humano. Mas a nossa busca não é ser nem super-humano, nem sub-humano, só ser humano. AmarElo é isso aí, mano. É um manifesto em prol da humanidade em um tempo em que as pessoas, por ignorância, querem apelar para a humanidade para silenciar alguns discursos. As mulheres falam da questão de gênero e alguém fala “somos todos humanos”, as pessoas pretas falam sobre a questão étnica e alguém fala que “não, isso aí não tem, porque somos todos humanos”. Não, não é essa manifestação de humanidade que silencia. Tô falando dos sentimentos que conectam todos nós com essa capacidade de entender que a gente errou pra caramba enquanto sociedade e construiu um monte de degrau que não é todo mundo consegue subir. Essa é que é a brisa, a meta é ser humano – nem sub, nem super. Porque essa experiência de passar na televisão, tocar na rádio, fazer show e viajar para a gringa é muito divertido, mas a coisa que pra mim é mais da hora ainda é ir lá ao Fontalis empinar pipa com os moleques, sacou?

Faixa a Faixa: AmarElo

Principia

Emicida mostra a fé como elemento fundamental para a saúde mental. A melhor estratégia para seguirmos em tempos difíceis, o elemento positivo para nos guiar. A participação especial de Fabiana Cozza, Pastor Henrique Vieira e as Pastoras do Rosário revela a religião em outro estado, uma atmosfera que abraça a diversidade e, sobretudo, mostra o amor como fio condutor da parada toda. (Rômulo Mendes)

A Ordem Natural das Coisas

Com ritmo diferente da primeira faixa (ou, na verdade, do álbum como um todo), A Ordem Natural das Coisas nos traz a poesia que existe no rap do artista de uma forma única. A batida é puramente Emicida e a poesia dá um alô à nossa nova das antigas. Com MC Tha nos fundos, a faixa constrói sua história e ajuda a estabelecer as maravilhas que estão por vir no álbum.  (Carolina Reis)

Pequenas Alegrias da Vida Adulta

Aqui, Emicida canta pela sua família e é bonito perceber a força que isso tem não só no disco, mas na vida. Em tempos de superexposição, felicidade instantânea e likes, se apegar às pequenas alegrias da vida torna tudo mais leve. Exemplo que todos nós podemos seguir. (William Nunes)

Quem Tem um Amigo Tem Tudo

O que acontece quando você leva a banda Tokyo Ska Paradise Center para a laje com Zeca Pagodinho? A quarta faixa de AmarElo é, talvez, o melhor exemplo do que o rapper chamou de NeoSamba na hora de explicar o disco. Seu clima otimista chega com uma letra narrativa – como nas duas anteriores -, homenageando Wilson das Neves enquanto olha o copo (de cerveja) meio cheio. É animada, é envolvente, é aquele Brasil que a gente tem saudade de nunca ter vivido. (André Felipe de Medeiros)

Paisagem

Por sua vez, a quinta música começa direto em uma guitarra herdada do rock, a mesma que dá pistas de uma grandiosidade prestes a acontecer. E somos brindados com uma música contemplativa, pop e contemporânea que ousa sorrir enquanto canta o refrão “tudo está em paz”. Não se sinta culpado se quiser concordar. (André Felipe de Medeiros)

Cananéia, Iguape e Ilha Comprida

Emicida, que tem hasteado muitas bandeiras de afeto sobre o terreno hostil da situação sócio-política brasileira, profere aqui seu mais doce manifesto. A introdução da faixa é certamente um dos momentos mais significativos do álbum, onde as frases ditas pelo artista são desarmadas e ressignificadas pelas gargalhadas incessantes de sua filha, Teresa. Difícil imaginar o que não seria. O restante faz jus à abertura, mantendo-se forte e delicado, simples e inspirador, como boa parte de um álbum que tem a coragem de ser afetivo em 2019. (João Barreira)

9nha

Em uma melodia solar, que por muitas vezes se aproxima de um samba, Emicida segue sua coerência mesmo em um título que poderia ser problemático. Diferente de outras letras no disco, aqui ele canta em ambiguidades, permitindo a leitura de uma história romântica, bonita e gostosa de ouvir, ou o conteúdo crítico de uma situação de violência que tem seu incômodo potencializado pelo clima leve da faixa, o que normaliza a situação. (Lucas Gabriel Bosso)

Ismália

Essa faixa parece uma continuação da anterior – exemplo de coerência melódica -, ao mesmo tempo que apresenta elementos bem diferentes: Ela é densa e contemplativa. A letra deixa a ambiguidade de lado para dar uma aula de Brasil. (Lucas Gabriel Bosso)

Eminência Parda

A aula intensifica, deixando a energia solar de lado e subindo mais uma camada de intensidade, já iniciada na faixa anterior. Uma das músicas mais interessante do álbum, flerta com outros estilos do rap e se dá muito bem. Seu único problema é ser curta, dá vontade de ouvir mais. No curto espaço de tempo, o rapper acelerou a voz e conseguiu passar uma grandiosa mensagem. (Lucas Gabriel Bosso)

AmarElo

Num misto de expor a dor e a luta diária de classes e minorias mas, ao mesmo tempo, não querer ser visto apenas pelas cicatrizes das lutas passadas, Emicida chama Majur e Pabllo Vittar para um casamento sonoro que dá super certo e que transparece verdade, o que faz com que o ouvinte se identifique facilmente e se sinta encorajado. É aquele hino para ouvir quando acordamos mal e precisamos de um gás, uma motivação. O sample de Sujeito de Sorte, do Belchior, além de usado com coesão à música, ainda traz a sensação da música já ter nascido um clássico. (Matheus Moreira)

Libre

Depois de construir uma narrativa tão densa, ao longo de dez faixas, AmarElo culmina em um intenso chamado a resistir. Em meio a ritmos e línguas plurais e ao lado das gêmeas Ibeyi, Emicida celebra a riqueza negra – seja ela econômica ou cultural. Ao rimar favela com Mandela, o trio de vozes harmoniza o que ainda parece incomodar: dos rincões do gueto, também desperta a grandeza. E ela brilha, amarela como ouro, mais livre que nunca. (Nathália Pandeló)

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