Em Novo Disco, Rafa Castro Retoma Seu Lado Cantor
Teletransportar é como uma viagem que Rafa Castro fez de volta ao berço musical. Seu quarto álbum, com lançamento em 10 de abril, combina a experiência que ele teve na música instrumental nos últimos tempos com aquilo que o levou à carreira artística: Cantar.
“Comecei na música com onze ou doze anos cantando no coral da escola. Fui convidado a ser solista, por ter uma voz muito aguda – muito mais do que agora (risos)”, contou ele ao Música Pavê por telefone, “então, comecei na música como cantor, e o instrumento era acompanhamento do que eu fazia. Com o passar do tempo, conheci e me apaixonei perdidamente pelo piano, que me tomou muita dedicação, e a minha vida foi direcionada para a música instrumental”.
Ele comenta que a canção sempre esteve presente em sua casa: ” Tenho lembranças do meu pai ouvindo uma mesma música cinco vezes e me mostrando o valor e a força que aquela letra tinha. Esse disco nada mais é do que a retomada da minha infância, de como a música me conquistou, de como a música me puxou para a vida. Tem toda essa coisa do instrumental, mas o canto e a composição sempre me puxaram para a música, sempre me emocionaram”.
Durante o resgate de suas origens musicais, o artista mineiro encontrou diversas outras questões internas – “o caos dentro de mim”, em suas palavras – que foram tratadas através das canções. Para ele, Teletransportar é ” um farol que se acendeu dentro de mim, como um guia para saber para onde ir com a minha vida a partir de então”.
E eis que então surge um paralelo com o que o músico passou durante sua produção e o momento em que o álbum chega ao mundo, em meio a uma pandemia. “É um momento da gente não passar ileso, mas olhar para dentro e ver o que a gente tem feito”, comenta ele, “e esse disco está completamente alinhado com esse pensamento”.
“Acho que esse disco cria a possibilidade de teletransporte, no sentido do que eu quis quando escrevi, do que senti e do que almejei quando estava fazendo ele”, conta Rafa, “quando essa onda toda começou, eu repensei o lançamento do disco, porque eu tinha alguns shows muito bonitos já marcados, mas resolvi manter [a data] e dividir com as pessoas o poder que a música tem de nos conduzir”.
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