Dicas de Discos do Mês: Fevereiro/2024

Em um mês, uma grande quantidade de trabalhos musicais chegam ao mundo. Apesar de todo empenho da equipe do Música Pavê, nunca é possível contemplar tudo. A fim de chamar atenção para a impossibilidade de abraçar o mundo da música, fica aqui a seção Dicas de Discos do Mês, com álbuns que não deu tempo de comentar no momento exato de seu lançamento.

Os pavezeiros indicam obras que não podem ficar de fora dos seus dias. Se deparar com um trabalho musical que mexe com você é muito prazeroso, então fica o incentivo de experimentar esses sons e ir além, se atentando às recomendações de outros veículos e até mesmo às sugestões de algoritmos. Nunca se sabe de onde pode surgir seu próximo disco favorito.

Eis as dicas de fevereiro de 2024.

Brittany Howard – What Now

É curioso pensar que este é apenas o segundo álbum solo da artista estadunidense que acompanhamos desde sua época com Alabama Shakes. Cinco anos após Jaime, Brittany entrega uma obra redondinha, daquelas preciosidades esculpidas no estúdio para escutarmos com nossos melhores fones. Da explosiva faixa-título a ambientações intimistas (a belíssima Samson chega a doer de tão bonita), o disco é daqueles que seguem impressionando mesmo após a enésima audição. (André Felipe de Medeiros)

Erika de Casier – Still

Nostalgia do R&B dos anos 2000 é o que faz brilhar o terceiro álbum da portuguesa radicada na Dinamarca. Com batidas sensuais e uma voz sussurrada, as canções de Still lembram os hits de Destiny’s Child, Aaliyah e Janet Jackson. Sem soar datado, o disco é uma releitura dessa época musical para a geração que escuta uma live infinita de Lo-Fi no Youtube e vídeos de ASMR. Em alguns momentos o álbum reforça sua atualidade, como na faixa Lucky, que lembra PinkPantheress ou NewJeans, grupo sul-coreano que trabalhou com a produção de Casier no ótimo EP Get Up. Outro destaque do disco são as participações de Shygirl, Blood Orange e They Hate Change, que acrescentam sem perturbar o ritmo leve do álbum. (Guilherme Gurgel)

The Last Dinner Party – Prelude to Ecstasy

As meninas inglesas já vinham recebendo muita atenção desde o ano passado graças ao single Nothing Matters, impulsionando uma expectativa pelo álbum de estreia. Acusada algumas vezes de ser “fabricada” pela indústria musical, a banda entrega um disco redondinho: O que sustenta o trabalho é de fato a qualidade das composições e a competência técnica das moças, que buscam uma teatralidade em fontes como Kate Bush, glam rock, Souxsie And The Banshees e outros elementos estéticos da escola britânica. (Eduardo Yukio Araujo)

MGMT – Loss of Life

A insistência em lançar discos após tantos anos de carreira (e muito tempo depois de ter vivido os tais 15 minutos de fama) vem da maturidade de saber cada vez mais o que quer fazer. MGMT está tão à vontade em Loss of Life, passeando por diversas inspirações nostálgicas e psicodélicas que integram seu universo estético, que você esquece que já teve algum dia a expectativa que o duo voltasse aos hits do passado. De fato, não há nada como a experiência. (André Felipe de Medeiros)

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