Disco de Estreia de Karen Jonz é ‘Gótico’ e ‘Fofinho’

foto por pedro pinho

Das pistas de skate para a música, Karen Jonz expõe sua faceta mais sensível em Papel de Carta, disco de estreia da artista. Preparado há anos por Karen, que conciliou o trabalho musical com a carreira esportiva, o álbum é reflexivo e conta com composições sensíveis. “Uma das primeiras pessoas que ouviram o disco foi Manu Gavassi. Ela disse para mim só duas palavras: ‘Gótico fofinho’. Isso faz muito sentido pra mim, tanto na sonoridade, quanto na imagem. Vem um pouco do emo, um lance do kawaii, uma coisa meio anime também”, detalhou, em entrevista coletiva.

Nesse trabalho quase autobiográfico, a artista passeia por vários gêneros, indo do bedroom pop ao rock alternativo. Entre as influências do álbum, Karen cita de No Doubt a Nirvana, passando por Alanis Morissette. Com tantas referências envolvidas no projeto, a artista chegou a se questionar se cabia tudo isso no disco. “Eu pensei: ‘será que tem coerência?’. Mas isso sou eu. Se isso não tem coerência, minha existência não tem coerência”, ponderou.

“Lançar um disco é diferente de lançar uma música. São vários sentimentos, várias sensações, é uma jornada, passa por vários lugares. No começo, você fica curioso para entender o que vai acontecer. Aí começa a ficar muito intenso, você fala ‘meu Deus, eu vou morrer!’, aí dá uma aliviada e vem com um final bem leve. O disco traz uma atmosfera total”.

Durante o tempo que dedicou ao álbum, Karen continuou a alimentar a carreira musical, com o lançamento da mixtape O Pequeno Excesso. Ela também criou duas bandas: Vaconaut and the Apple Monster e Kyber Krystals. Os grupos foram fundados ao lado de Lucas Silveira, companheiro de Karen, que também assina a produção de Papel de Carta.

“Quando toquei [a faixa] Exausta para minha mãe, ela começou a chorar. Isso despertou um sentimento e um alívio, uma conexão com algo que ela não teria coragem de falar. Então, a partir do momento que eu falei e ela se ligou, trouxe uma coragem, um sentimento de que não estou sozinha nisso. A minha expectativa com o disco é entender e ver onde as pessoas vão se conectar, o que vai despertar para elas”.

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