Dicas de Discos do Mês: Maio/2020

Em um mês, uma grande quantidade de trabalhos musicais chegam ao mundo. Apesar de todo empenho da equipe do Música Pavê, nunca é possível contemplar tudo. A fim de chamar atenção para a impossibilidade de abraçar o mundo da música, começa aqui a seção Dicas de Discos do Mês, com álbuns que não deu tempo de comentar no momento exato de seu lançamento.

Mês a mês, os pavezeiros indicarão obras que não podem ficar de fora dos seus dias. Se deparar com um trabalho musical que mexe com você é muito prazeroso, então fica o incentivo de experimentar esses sons e ir além, se atentando às recomendações de outros veículos e até mesmo às sugestões de algoritmos. Nunca se sabe de onde pode surgir seu próximo disco favorito.

Eis as dicas de maio de 2020.

Mahmundi – Mundo Novo

O terceiro álbum de estúdio de Marcela Vale explicita o que Mahmundi representa: abertura; acolhimento; desejo de vida. Em suas sete faixas, Mundo Novo desenha um mundo possível, onde afeto e amor pulsam – tudo isso sem perder de vista a condição humana, o convívio e a relação entre as pessoas. O trabalho mais coletivo de Mahmundi alimenta a vontade de desbravar o mundo, de ter fome e sede de conhecimento. Ao dialogar com o cenário atual, a artista abre uma janela para o que podemos construir. Quão perto (ou longe) está o nosso mundo novo? (Letícia Miranda)

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Bad Bunny – Las Que No Iban a Salir

Benito conseguiu de novo. O artista porto riquenho Bad Bunny, expoente do reggaeton, entregou um dos grandes lançamentos de março com seu segundo álbum, YHLQMDLG. Fazendo a alegria dos fãs nessa quarentena, ele revela agora mais meia hora de sobras do novo disco e traz parcerias de destaque – entre elas, os superastros do gênero, Nicky Jam e Zion & Lennox. Mesmo num disco só com as faixas que não iam sair (daí o título), Bad Bunny ainda fica bem acima da média da produção reggeatonera e mostra porque é um dos maiores nomes da música pop no mundo. Destaque para Canción con Yandel, outro ótimo convidado do disco. (Nathália Pandeló)

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Moses Sumney – græ

Os leitores mais assíduos do Música Pavê certamente já pegaram essa dica, já que o músico foi uma figura frequente no site recentemente – seja com um dos melhores clipes de abril, como capa de playlist ou em algum vídeo. De qualquer forma, vale reiterar que græ traz aqueles ares de obra prima ao mostrar um grande mergulho de honestidade em questões particulares do artista, mas, de alguma maneira, sensivelmente universais. São dúvidas, medos e experiências compartilhados em músicas impressionantes, firmando o músico como um grande destaque de sua geração. (André Felipe de Medeiros)

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