Dicas de Discos do Mês: Julho/2021
Em um mês, uma grande quantidade de trabalhos musicais chegam ao mundo. Apesar de todo empenho da equipe do Música Pavê, nunca é possível contemplar tudo. A fim de chamar atenção para a impossibilidade de abraçar o mundo da música, fica aqui a seção Dicas de Discos do Mês, com álbuns que não deu tempo de comentar no momento exato de seu lançamento.
Os pavezeiros indicam obras que não podem ficar de fora dos seus dias. Se deparar com um trabalho musical que mexe com você é muito prazeroso, então fica o incentivo de experimentar esses sons e ir além, se atentando às recomendações de outros veículos e até mesmo às sugestões de algoritmos. Nunca se sabe de onde pode surgir seu próximo disco favorito.
Eis as dicas de julho de 2021.
Willow – lately I feel EVERYTHING
Em uma época na qual parece que as saudades pelo emo e pelo alternativo cresce nas pessoas, Willow entregou algo perfeito para satisfazer essa falta. Ela já vinha mergulhando o pé no rock e agora nos deu um álbum que acordou a nostalgia dentro de muitos. As músicas mostram que ela tem mesmo “sentido de tudo”, e é excelente poder experimentar suas emoções em cada canção. Não vou parar de ouvir esse álbum tão cedo. (Carolina Reis)
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Tuyo – Chegamos Sozinhos em Casa, Vol. 02
Convenhamos: Mesmo com um “vol. 01” no título, o primeiro Chegamos Sozinhos em Casa já seria completo, suficiente. O que ninguém contava é que Tuyo guardou o ouro para depois, e a segunda parte da obra repete as qualidades da anterior com alguns superlativos. Cada uma de suas oito faixas desenvolve uma das tantas facetas do trio, entre a dramaticidade dolorosamente sincera (Saudade Impura), as baladas sonhadoras (Tem Dias, com Drik Barbosa) e a oportunidade de dançar chorando (Do Lado de Dentro). Cabe ainda uma parceria potente com Lenine (Fracasso) e uma breve piração pop e abstrata (Pouco Espaço, com Jonathan Ferr e Shuna). Nem merecíamos tanto. (André Felipe de Medeiros)
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Marisa Monte – Portas
Gigante na música brasileira, Marisa certamente marcou alguma fase da sua vida, pois é daquelas artistas que moram em nosso subconsciente desde sempre. Após um hiato de dez anos sem lançamentos solo, a cantora retorna com Portas, literalmente aplicando o que a sua música tem de melhor: O casamento perfeito costurado por sua voz única e a sonoridade ímpar. Ela canta sobre o amor, um sentimento tão singelo quanto dotado de forças suficientes para nos mover em um tempo tão deflagrado. Além de todo encanto, ainda sim, o cotidiano mora em sua canção. Destaque para a poderosa Calma, que sintetiza a fúria da beleza que é a sua carreira. (Rômulo Mendes)
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Rodrigo Amarante – Drama
É difícil ajustar na mente a ideia de Drama ser ainda o segundo álbum solo de Amarante, um nome (e voz, e presença) tão marcante nas últimas duas décadas, sendo parte e se mostrando todo em seus demais projetos (Los Hermanos, Little Joy). E o contato com estas dez novas canções revela aquele Rodrigo de sempre – nas escolhas de palavras, na métrica, nos ritmos – em um momento em que se permite ser leve quando dá e, bem, dramático quando necessário. Ouvir o disco é abraçar aquele amigo que conhecemos há tanto tempo e agora nos sentamos à mesa para ouvir como tem passado. (André Felipe de Medeiros)
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Tiê – Encontros
É uma coletânea enquanto reunião de músicas que já conhecemos, mas é um álbum pela sua comunicabilidade, por contar a história de uma Tiê que cultiva laços criativos com tantos músicos. De David Byrne a Luna França, de Ximena Sariñana a Filipe Catto, a cantora e compositora passeia pelo que alguns podem considerar universos artísticos tão distintos, mas, aqui, se explica como a elasticidade de uma artista que sabe sempre ser ela mesma, seja ao lado de Luan Santana ou de Coruja BC1. (André Felipe de Medeiros)
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