Dicas de Discos do Mês: Fevereiro/2020

Em um mês, uma grande quantidade de trabalhos musicais chegam ao mundo. Apesar de todo empenho da equipe do Música Pavê, nunca é possível contemplar tudo. A fim de chamar atenção para a impossibilidade de abraçar o mundo da música, começa aqui a seção Dicas de Discos do Mês, com álbuns que não deu tempo de comentar no momento exato de seu lançamento.

Mês a mês, os pavezeiros indicarão obras que não podem ficar de fora dos seus dias. Se deparar com um trabalho musical que mexe com você é muito prazeroso, então fica o incentivo de experimentar esses sons e ir além, se atentando às recomendações de outros veículos e até mesmo às sugestões de algoritmos. Nunca se sabe de onde pode surgir seu próximo disco favorito.

Eis as dicas de fevereiro de 2020.

Green Day – Father of All…

Billie Joe e companhia já não são mais os mesmos, porém isso não quer dizer que não continuem fazendo boa música. A nova década começou com um novo álbum: mais direto, simples e despretensioso. Esse é o espírito de Father of All…, disco no qual Green Day busca novas sonoridades – como a batida funkeada e o vocal em falsete do single principal e na divertida Stab You in the Heart, que evoca o clássico rock seiscentista. O destaque fica para a capacidade de Billie Joe Armstrong continuar fazendo melodias cativantes, que fazem você (e eu) cantar junto. (William Nunes)

Erlend Øye & La Comitiva – Valdivia

Em carreira solo, Erlend Øye, integrante do duo indie Kings of Convenience, já lançou dois álbuns (Unrest em 2003 e Legao em 2014), e agora, o cantor apresenta o EP Valdivia, ao lado da banda La Comitiva. São seis minutos de submersão nas cordas e nos instrumentos de sopro – a bossa nova brasileira segue como uma importante referência dentro da sonoridade do norueguês. É possível encarar as duas músicas que compõem esse trabalho (Valvidia e Altiplano) como um convite ao descanso, como ir ao encontro de um mar calmo e manso. Conseguimos nos imaginar dentro da paisagem apresentada na capa do disco. (Letícia Miranda)

King Krule – Man Alive!

Este não é um disco para te acompanhar em qualquer momento. Pelo contrário, Man Alive! parece exigir uma certa pré-disposição do ouvinte para acompanhar os graves do baixo e do vocal de Archy Marshall – o nome por trás do projeto King Krule. A obra é densa, sombria e, às vezes, visceral. Se você aceita o convite, no entanto, se depara com um trabalho detalhista, de inspirações que vão muito além do Post-Punk em primeiro plano. Seja nos momentos mais tranquilos e retrô (como em Airport Antenatal Airplane) ou nos mais tensos (como Comet Face), é um disco que sabe construir seus climas e entregar um trabalho bastante completo. (André Felipe de Medeiros)

Curta mais de Green Day | Erlend Øye | King Krule

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